A invisibilidade à qual estão relegados casais de gays e lésbicas não é novidade. Àqueles que estão juntos por muitos anos então, nem se fala.
Esse é o tema do livro “Amores Invisíveis – Casais longevos da diversidade” (Editora de Cultura) da escritora e psicóloga santista Déa E. Berttran.
Revela a construção conjugal e a manutenção do vínculo amoroso, por mais de duas décadas, de dois casais de homens e dois de mulheres, alguns deles com filhos, de relações heterossexuais anteriores ou então adotados.
Em linguagem informal, as histórias desses casais são entrelaçadas às do movimento homossexual e de suas conquistas nos últimos anos, descortinando um horizonte possível de convivência entre os que amam, sejam aos iguais, sejam aos diferentes.
Os impasses, as dificuldades do reconhecimento e da ‘aceitação’ da sexualidade homoafetiva, a ausência da rede de apoio, a ‘força’ ante os desafios, as delicadezas e sobressaltos de quem se aventurou a vivenciar uma sexualidade fora do padrão heteronormativo.
A ideia foi retratar uma população não clínica, ou seja, os dados foram coletados fora do ambiente do consultório, não se baseando em diagnóstico ou queixas a serem atendidas.
O livro que sai pela Editora Cultura é derivado da tese de Doutorado de Déa E. Berttran, no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
Embora as uniões homossexuais tenham existido desde sempre, foi somente nos últimos anos que ganharam visibilidade de legitimidade social e política.
Portanto, esses casais concretizaram suas relações numa época não permissiva e patologizante (transformada em ‘doença’) da homossexualidade. Dessa forma, foi feito uso do disfarce e da vida dupla como estratégia de sobrevivência. Por exemplo, os que tinham filhos na escola.
Serviço
Recomendação:
Livre
Local:
Livraria Realejo Livros (Av. Marechal Deodoro, 02 – Gonzaga)
Sessão:
Sexta (22) a partir das 18h30
Ingresso:
Gratuito
Telefone:
(13) 3289-4935