Projeto Música Transformando Vidas | Boqnews
Foto: Divulgação PROMUVI

Música

18 DE MARÇO DE 2019

Siga-nos no Google Notícias!

Projeto Música Transformando Vidas

Iniciativa é uma ação social do Rotary Santos-Oeste e a Orquestra conta com sopro, cordas, percussão e voz, é formado por homens e mulheres, com variações diversas de deficiência visual

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

O Teatro Municipal de Santos vai receber no seu palco um grupo muito especial de músicos, o Projeto Música Transformando Vidas (PROMUVI).

Ele é formado por pessoas que, com deficiência visual, baseiam seu aprendizado musical no método de solfejo, memorização e técnica de instrumentos, tudo aliado à audição e apreciação musical.

O maestro Paulo Mauá é o criador e mentor do grupo.

Com muita alegria – e grande ansiedade, que se percebe nos ensaios, onde contam os dias para a apresentação – eles estarão no palco do Municipal para comemorar os 10 anos do PROMUVI.

O projeto é uma ação social do Rotary Santos-Oeste, sob a presidência de João Romão Gomes Filho, e tem como objetivo principal estimular a cidadania e a recuperação da autoestima de seus integrantes.

A Orquestra é formada por homens e mulheres com variações diversas de deficiência visual, mas afiadíssimos no sopro, cordas, percussão e voz.

Nessa apresentação, participarão três garotos, do Cantinho Alegre – escola que tem apoio da Prefeitura – que tocam flauta.

Haverá acessibilidade, com áudio descrição e intérprete de sinais para a plateia.

A entrada é gratuita e o programa tem um repertório capaz de agradar a um grande público, passando pelos Beatles, Mozart, Chico Buarque de Holanda, Milton Nascimento, Beethoven, Pink Floyd e também do “Rei” Roberto Carlos.

Os músicos

A mais “jovem” do grupo, como ela prefere se chamar, é Romilda de Souza, 67 anos.

Ficou sem enxergar aos 40 anos, quando já era mãe de três filhos.

Seu sonho era fazer Psicologia, mas se casou antes de entrar para a faculdade e só foi até o 2º Colegial.

Vieram os filhos e a perda da visão, em função da diabetes, como Daniel, também integrante do grupo.

Um dia, no Lar das Moças Cegas, onde frequenta, ouviu falar do PROMOVI, mas “desencanou” porque não sabia tocar nada.

Entretanto, diante da insistência da colega, apareceu no ensaio em 2012 e nunca mais deixou de tocar sua flauta. “Mas não escreve que sou a mais velha do grupo, tá?”, diz sorrindo com simpatia.

Daniel Silva, 62 anos, trabalhou em A Tribuna por mais de 20 anos.

Deixou o trabalho quando perdeu a visão, em 1984. Não podia mais ser o encarregado da manutenção da gráfica.

Entrou para a orquestra em 2013 e sua estreia foi no Teatro Coliseu, onde o grupo já se apresentou várias vezes. A música que mais gosta de tocar é Aleluia (Leonardo Cohen, canadense)

Além disso, entre os músicos da Orquestra, estão três garotos que não têm deficiência visual. Porém foram incluídos no PROMUVI como forma de ajudá-los na sua socialização.

Um deles, o mais novo, é Ricardo Feliciano, de oito anos, estudante do Cantinho Alegre, escola apoiada pela Prefeitura.

Toca flauta há dois anos e aprendeu sozinho. Um dia, o professor estava no corredor e ouviu alguém tocando Asa Branca (Carlos Gonzaga) e, quando entrou na sala, quem tocava? Ele mesmo, o Ricardo, com seis anos.

Como conseguiu tocar? Vendo seus colegas tocarem.

Hoje o menino está aprendendo violão e, no dia seis próximo, estará no Teatro Municipal, encorpando a turma da flauta do PROMUVI.

Serviço

Recomendação:

Livre

Local:

Teatro Municipal de Santos (Av. Senador Pinheiro Machado, 48 – Vila Mathias).

Sessão:

Sábado (6), às 17h.

Ingresso:

Gratuito.

Próximos eventos

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.