O alerta feito pelo prefeito de Praia Grande e presidente do Condesb – Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista, Alberto Mourão, a respeito da votação expressiva que parlamentares de outras regiões que pouco ou nada fazem pelos moradores da Baixada, beneficiando-se apenas dos seus votos, serve de alerta sobre a necessidade do eleitor escolher nomes locais.
Muitos votos, poucos resultados II
Por exemplo: a soma dos três deputados mais votados por aqui supera em quase 6 mil votos a votação do deputado João Paulo Papa (PSDB), que recebeu 117.590 sufrágios, e quatro vezes mais que os parlamentares do PRB, Beto Mansur e Marcelo Squassoni.
Outros dois nomes – ambos do PSDB – eleitos que têm ligação com a região, Samuel Moreira, e Bruno Covas, estão fora da Câmara. O primeiro é secretário do Governo Alckmin e o segundo virou vice-prefeito da Capital.
Muitos votos, poucos resultados III
Celso Russomano (PRB), Tiririca (PR) e Antonio Bulhões (PRB) receberam 55.346, 47.784 e 20.610 sufrágios, respectivamente. Este último, aliás, abocanhou 15% do total de votos recebidos (137.939) só de eleitores da região.
Muitos votos, poucos resultados IV
Por cidades, é possível identificar quais nomes foram os 10 mais votados para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Desta lista, os eleitores de Santos e São Vicente foram os mais ‘fiéis’ a candidatos da Baixada: à Câmara, foram seis e à Assembleia, nove. Em São Vicente, foram sete federais e oito estaduais.
Muitos votos, poucos resultados V
Já Bertioga e Mongaguá concentram os eleitores menos propensos a votar em candidatos da Baixada. Na primeira, apenas dois federais e cinco estaduais daqui foram os mais votados. Em Mongaguá, três federais e cinco estaduais. E a situação não é diferente dos demais municípios do Litoral Sul. Sinal que tais cidades devem ser vistas com maior atenção pelos pleiteantes da região.