Foram mais de 3 mil peças cuidadosamente instaladas para a confecção da Árvore Arte, fruto do trabalho da EcoFábrica Criativa, na região do Mercado.
O evento foi um sucesso à época, com representantes do Fundo Social de Solidariedade e jovens e crianças da Apae, que foram prestigiar a entrega da obra de arte.
Ela foi entregue dentro das comemorações ao Dia da Árvore, em setembro de 2016.
Era a única neste gênero no País, segundo profissionais da área ambiental.
Misturava-se à paisagem da Praça Nossa Senhora do Carmo, na Ponta da Praia.
Quem passava por ela, nem notava que foi feita com restos de madeiras retiradas do Cata-Treco, serviço municipal para a retirada de sobras de materiais nas residências.
De repente, ela sumiu.
A própria Prefeitura de Santos desconhecia o seu desaparecimento. Foi alertada pelo boqnews.com.
Em nota, informou que irá “apurar o caso e tomar as providências cabíveis, já que ela tinha a função de promover a importância das árvores e incentivar o descarte correto de resíduos”.
Cupins?
Talvez o motivo desconhecido tenha uma explicação na base da mesma, ainda intacta: sinais de fragilidade na madeira em razão dos cupins.
Afinal, durante quase dois anos ela ficou exposta sob o sol, a chuva e as ventanias, comuns na Ponta da Praia.
“Bateu um vento e ela caiu”, simplificou o porteiro Gerônimo dos Santos Filho.
Ele trabalha em um edifício em frente à praça e viu o momento que a obra de arte tombou.
“Logo depois, capinaram a praça e a levaram embora”, ressalta.
Portanto, foi levada pelo caminhão de lixo.
Assim, não precisa ter bola de cristal para saber que a árvore ecológica teve o destino que outras madeiras estão tendo.
Ou seja, a área de transbordo e, por sua vez, o aterro sanitário na Área Continental de Santos.
Isso porque – em razão do excesso de madeiras na EcoFábrica Criativa – todo o tipo de material recolhido no Cata Treco está sendo levado para o aterro.
Assim, um volume que poderia ter melhor destino se houvesse mais ações do tipo.
Ou seja, mais árvores artes espalhadas pelas praças da Cidade e próprios públicos, como escolas e policlínicas que disponham de jardins.