Conheça o que pensam Dilma e Aécio sobre temas relacionados à Baixada | Boqnews
Fotomontagem: Fotos Públicas

Eleição 2014

24 DE OUTUBRO DE 2014

Siga-nos no Google Notícias!

Conheça o que pensam Dilma e Aécio sobre temas relacionados à Baixada

Representantes das campanhas na região destacam ações nas áreas de logística, porto, fator previdenciário e em relação ao aeroporto regional

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Chegou a hora da decisão. Neste domingo (26), 142,4 milhões de eleitores inscritos na Justiça Eleitoral vão às urnas para escolher quem presidirá o Brasil nos próximos quatro anos: Dilma Rousseff (PT) ou Aécio Neves (PSDB).

O intenso debate e trocas de acusações dominou o noticiário e as discussões, desde as rodas de bar até as redes sociais. As pesquisas ainda mostram um cenário dividido e, até certo ponto, imprevisível, o que torna a eleição ainda mais incerta, a maior desde a primeira eleição após a volta da redemocratização do País, ocorrida em 1989, quando foram para o segundo turno Fernando Collor e Lula.

Análises – Segundo o cientista político e professor da PUC-SP, Francisco Fonseca, há de fato essa polarização no Brasil. “É possível que ela seja desfeita durante o próximo governo com negociações no Congresso, mas hoje ela existe realmente”. Já para o também cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), Paulo Silvino Ribeiro, o que existe nesta eleição é uma cisão do que já existe. “Desde que os casos de corrupção como o ‘Mensalão’ vieram à tona, surgiu aos poucos um sentimento perigoso que tende ao ódio. As críticas são bem-vindas para reorientar ações, mas há muitas manifestações odiosas”, destaca.
A chamada “nova classe média”, muito citada durante a campanha por ambos candidatos tem um papel importante nesta eleição, segundo Fonseca. “Essa nomenclatura é imprecisa, mas vale ressaltar que são pessoas que ascenderam economicamente nos últimos anos graças às políticas sociais. Esta parcela tem um papel importante para formar opinião, mais qualitativo do que quantitativo”.

Para os dois especialistas, o novo governo necessita manter diretrizes e ampliar ações. “É preciso continuar com as políticas de transferência de renda e o fim da vulnerabilidade social para erradicar a pobreza, além de uma preocupação com a macroeconomia”, destaca Silvino.
“Proteger o mercado interno das influências internacionais, distribuir renda e promover ações de desenvolvimento, e não de recessão”, ressalta Fonseca.
De forma a orientar os eleitores, o Boqnews publica as propostas dos candidatos analisadas pelos respectivos coordenadores regionais das campanhas de ambos. Confira:

Representando a campanha de Dilma Rousseuff, Emerson Santos, coordenador da campanha do PT na Baixada SantistaEmerson

 

 

 

 

 

 

Representando a campanha de Aécio Neves, Edmur Mesquita, coordenador da campanha do PSDB na Baixada Santista

Edmur Mesquita

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aeroporto regional

Edmur – Nós temos gargalos na Baixada Santista que dependem exclusivamente de ações mais afirmativas do Governo Federal. Infelizmente, ao longo desde período, a União não criou condições para programas estratégicos para o Brasil e a região. Como prioridade temos que estabelecer uma política para mobilidade urbana e infraestrutura, que envolvem os portos e aeroportos. Aécio estabelecerá um diálogo aberto e suprapartidário visando a eliminação destes gargalos. O Aeroporto de Itanhaém dá um suporte logístico para as operações portuárias. A Base Aérea apresenta dificuldades quase que intransponíveis por causa da natureza, segundo técnicos da área. Ela pode cumprir com outro papel de suporte às ações do Porto de Santos e da Petrobrás. Temos que nos debruçar em um projeto que represente a Baixada, no ponto de vista de sua economia e turismo. O Governo Federal tem a obrigação de participar desta discussão.

Emerson – O governo da presidente Dilma fez um projeto e um planejamento na criação de aeroportos de médio porte.E a Baixada Santista é um centro estratégico no ponto de vista da logística por conta do Porto e da Petrobras. Evidentemente, este investimento deve estar casado com outros assuntos pautados em relação à mobilidade. Foram liberados recursos para o BRT ligando o Litoral Sul à Área Continental de São Vicente, o VLT e as perimetrais de Santos e Guarujá, além do túnel Zona Leste/Zona Noroeste. O aeroporto tem que estar ligado com os programas de mobilidade. Nossa região necessita de um aeroporto, seja ele de cargas, para dar um suporte às operações portuárias e vinculadas ao pré-sal, ou na questão de passageiros. Existe em Itanhaém, em Guarujá, há também um pleito em São Vicente. Posso garantir que dentro de um projeto estratégico de desenvolvimento do País a Baixada está inserida.

 

Logística 

Edmur – O ponto de partida para tudo isso está vinculado às metas da nossa região. O Governo Federal se distanciou da Baixada. Não houve a preocupação em estabelecer sintonia para debater prioridades. Com a vitória do Aécio, este hiato será superado. É preciso discutir ações estratégias de médio e longo prazos.

Emerson – Existe o BRT, o VLT, que possui investimentos federais, os túneis Zona Noroeste/Zona Leste e Santos/Guarujá. Estas são ações concretas e vão melhorar a situação na Baixada. A União está à disposição para receber projetos e age de forma republicana, basta ver os investimentos que Santos recebeu nos últimos anos.

 

Porto

Edmur – O Porto de Santos nunca foi visto pelo Governo Federal como viável para investimentos. Os recursos da União foram pífios. O caminho que deve ser trilhado é de parceria entre Estado e iniciativa privada. O fato do Porto ter retomado a posição líder em movimentação se deu em função desta parceria. É preciso pensar no processo de descentralização. Não dá para imaginar que a administração do Porto não leve em consideração o Governo do Estado e os municípios envolvidos na área portuária. O Aécio abrirá este caminho de entendimento.

Emerson – O Porto é estratégico para a região e recebe o maior volume de recursos da história. Houve um processo de descentralização para a criação de mais portos no Brasil, como no Nordeste. Por isso, é importante pensar o Porto de Santos como prioridade, ampliar a visão estratégica. Com o crescimento do País, tínhamos grandes problemas com os congestionamentos, e a presidenta investiu em ferrovias e no transporte aquaviário. Hoje, o problema maior é no escoamento da produção, e o governo atuará para solucionar esse gargalo, além de investir em desenvolvimento sustentável.

Fator Previdenciário

Edmur – Esta luta a respeito da revisão do fator previdenciário encontra um eco muito forte na região.O compromisso do Aécio vai nesta direção, algo que em nenhum momento percebi na campanha da Dilma.Isso prejudica os aposentados. Este é o item de maior exploração de dignidade de quem colaborou muito com o Brasil. Em função dos projetos apresentados pelo Aécio, tenho certeza que ele cumprirá seus compromissos com os aposentados.

Emerson – A presidenta não pode, de forma populista – e teve coragem de dizer isso no período eleitoral – que vai acabar com o fator previdenciário. Lembro que ele foi criado no governo do Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Nós não tratamos a Previdência como custo: ela é um investimento. A Dilma quer estabelecer um diálogo com a sociedade e sindicatos para pensar o Brasil a médio e longo prazos. O Governo deve abrir o debate e a sociedade decidir qual caminho seguir.

 

 

 

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.