Economia criativa visa projetos inovadores e sustentáveis | Boqnews
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Cidades Criativas

25 DE MARÇO DE 2019

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Economia criativa visa projetos inovadores e sustentáveis

Santos, reconhecida como cidade criativa há quatro anos, receberá encontro anual da Unesco em 2020

Por: Ana Caroline Freitas
Da Redação

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Conforme há o avanço da sociedade, surge a necessidade de buscar diferentes formas de inovação.

Com isso, na década de 90, surgiu na Austrália um projeto denominado Nação Criativa que, posteriormente, ganhou força no Reino Unido durante uma crise global.

A partir dessa situação, a equipe britânica listou diferentes setores que possuíam potencial para voltar a movimentar a economia do país.

São as chamadas indústrias criativas, que abrangem artesanato, arquitetura, artes cênicas, artes e antiguidades, cinema, design, editorial, moda, música, publicidade, software, vídeo games, televisão e rádio.

Em razão da capacidade dessas áreas, a economia então juntou todos os setores. Assim, surgiu um conceito novo: a economia criativa.

Todas as áreas citadas apresentam vínculo com arte, cultura e tecnologia.

 

Conceito

Em síntese, é uma ciência fortemente atrelada à característica de reinventar e progredir.

A matéria-prima da economia criativa é a criatividade e o conhecimento.

Esse novo segmento caracteriza-se pela abundância – e não pela escassez. Ou seja: os recursos (ideias) não acabam. Nessa economia, o lucro não é o único ponto em vista – os seres humanos e o planeta são prioridade.

O Brasil passou a ter mais contato com o tema em 2005, quando sediou o Fórum Internacional das Indústrias Criativas.

Posteriormente, em 2011, foi criada a Secretaria da Economia Criativa, desativada em 2014 e reativada em 2017.

Para disseminar o conceito da economia criativa, a presidente do Lab 4D – Laboratório de Inovação em Economia Criativa e Negócios, Denise Covas, também colunista do Boqnews, ministrou palestra na Universidade Santa Cecília na última quarta (20). Ela declarou que o ramo vem gerando receita e renda.

Além disso, enfatizou quais habilidades serão necessárias ao profissional do futuro: criatividade, conhecimento e, principalmente, as competências emocionais.

Desafios

Uma das maiores dificuldades encontradas na área é sobre o mapeamento e levantamento dos números do setor.

Pessoas estão na informalidade, gerando imprecisão de dados. Outro obstáculo diz respeito à capacitação de pessoas, especialmente fazê-las compreender o próprio potencial e saber usá-lo.

A tecnologia torna desnecessária algumas ações – as repetitivas, por exemplo. Dessa forma, é importante usar essa inovação em favor do crescimento humano e social.

Em destaque

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), criou em 2004 a Rede de Cidades Criativas da Unesco.

A finalidade do projeto é selecionar cidades que coloquem a criatividade e as indústrias culturais como foco central no planejamento de desenvolvimento.

Ao todo, 180 cidades de 72 países fazem parte da rede atualmente, em diferentes categorias.

Oito delas são brasileiras: Santos (SP), no cinema; Belém (PA), Florianópolis (SC) e Paraty (RJ), na gastronomia; Brasília (DF) e Curitiba (PR), no design; João Pessoa (PB), em artesanato e artes folclóricas; Salvador (BA), na música. Além das categorias citadas, existem ainda literatura e artes midiáticas.

Santos integra a rede de cidades criativas desde 2015. Foi o primeiro município brasileiro que não é capital do Estado a receber o reconhecimento da organização internacional.

Em junho do próximo ano, a Cidade sediará o encontro anual da Rede de Cidades Criativas da Unesco.

Haverá programação especial, a fim de demonstrar o potencial de desenvolvimento para reduzir desigualdades no mundo.

Além disso, o evento busca fomentar parcerias entre os municípios criativos.

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