Estudo mostra que receita cresceu na maioria das cidades | Boqnews
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Baixada Santista

26 DE MARÇO DE 2017

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Estudo mostra que receita cresceu na maioria das cidades

Levantamento comparou as receitas entre 2015 e 2016 e concluiu que houve uma queda de 0,51% na arrecadação, especialmente em Cubatão, que caiu 9,41%. Cinco das nove cidades registram aumento nas receitas.

Por: Da Redação

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Quadro comparativo das receitas correntes líquidas dos municípios

Quadro comparativo das receitas correntes líquidas dos municípios. Fonte: R Amaral & Associados

Enquanto alguns prefeitos lamentam as condições financeiras dos municípios, a realidade aritmética é bem diferente. Das nove cidades da Baixada Santista, cinco registraram aumento na arrecadação no ano passado, conforme estudo desenvolvido pela R. Amaral & Associados – Consultoria, Pesquisas e Análise de Dados.

Com valores atualizados, o jornalista e consultor de finanças públicas, Rodolfo Amaral, analisou as receitas e comparou os números, concluindo que Bertioga, Praia Grande, São Vicente, Itanhaém e Peruíbe registraram crescimento na receita real acima da inflação.

Juntas, as nove cidades arrecadaram R$ 7 bilhões 17 milhões 222 mil, ou seja, 0,51% a menos do que o valor registrado em 2015, já atualizado pela inflação. A queda regional chega a R$ 36 milhões 297 mil.

A maior perda  foi registrada em Cubatão, com 9,41% negativos, motivada pelo desemprego. Em números, houve queda de R$ 90,8 milhões. Conforme levantamento da Fiesp/Ciesp, a Cidade perdeu 1/3 dos seus postos de trabalho no ano passado, impulsionado pelas demissões na Usiminas.

Mas existem casos positivos, como Bertioga, que arrecadou 8,83% a mais, o equivalente a R$ 31 milhões, e Praia Grande, que cresceu R$ 62,2 milhões, com aumento de 5,64%.

Santos, que enfrenta uma greve dos servidores que chega nesta segunda (27) a 19 dias, sofreu uma redução de 1,53%. Na prática, uma queda de R$ 32 milhões atualizada, equivalente ao orçamento para este ano das secretarias de Assuntos Portuários, Esportes e Desenvolvimento Econômico e Inovação.

Receita Corrente Líquida

O estudo tomou como referência a chamada Receita Corrente Líquida, que engloba todas as receitas municipais, exceto as relativas aos recolhimentos previdenciários, e é o parâmetro usado pela Lei de Responsabilidade Fiscal para estabelecer limite de gastos com pessoal e também com endividamento.

“Se houve desequilíbrio financeiro em alguma prefeitura, portanto, isto se deve pelo gasto acima da capacidade financeira municipal, inclusive baseado em projeções orçamentárias desvinculadas com a realidade”, explica.

Amaral ressalta que 2016 foi o último ano das administrações municipais anteriores (eleição ou reeleição), período em que, por força da lei, os prefeitos não podem contratar dívidas sem que tenham a garantia de disponibilidade em caixa para honrar os compromissos.

“É por esta razão que a Lei de Responsabilidade Fiscal exige a prestação de contas quadrimestrais (fevereiro, maio e agosto), de modo que a eventual queda de receitas possa ser ajustada com o corte de despesas programadas”.

Para Amaral, é possível que alguns prefeitos que concluíram o mandato em 2016 tenham assumido dívidas acima da capacidade financeira do Município, inclusive tomando como base projeções equivocadas.

Por fim, o profissional destaca que o argumento dos efeitos da crise financeira na arrecadação municipal usada por alguns prefeitos para negar reposição salarial dos servidores fica prejudicado com a exposição das contas públicas.

“Eles terão que expor em detalhes suas dívidas de curto prazo contabilizadas em balanço, caso pretendam adiar reajustes salariais”, destaca.

 

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