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Foto: Divulgação alunos

Educação

11 DE NOVEMBRO DE 2018

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Ferramentas tecnológicas auxiliam na aprendizagem dos estudantes

Escolas particulares oferecem diferentes métodos de ensino aos alunos, enquanto escolas públicas procuram meios para melhorar

Por: Da Redação

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O avanço tecnológico beneficia a sociedade como um todo. Em especial, na educação.

Afinal, o uso da informática no ensino de alunos em escolas – sejam particulares ou públicas – incrementa o desenvolvimento dos estudantes no sentido pedagógico.

Mas, na prática, isso não vem ocorrendo a contento especialmente entre as unidades do segundo grupo.

Em entrevista concedida à Revista Problemas Brasileiros, o especialista em educação Charles Fadel afirma que o método utilizado nos dias atuais não corresponde com a necessidade dos estudantes.

Segundo Fadel, as instituições de ensino ainda aplicam conteúdos dos séculos 19 e 20.

No entanto, ele observa que as escolas deveriam modificar o seu plano de ensino e iniciar conteúdos com base em tecnologia, ciências sociais, finanças e empreendedorismo.

Contudo, o especialista salienta que o estudo dessas áreas não significa que não exista a necessidade de aprender outras disciplinas. Como, por exemplo, Matemática e Português.

Fadel afirma que no momento atual o empreendedorismo seria o estudo mais importante nas escolas.

Portanto, para ele, a disciplina será a chave para o futuro dos estudantes.

Ele ressalta que, neste caso, a importância tem relação ao mapeamento de oportunidade futuras e não exatamente empregos.

O educador ainda questiona se, nos meios de ensino atual, um professor consegue acompanhar muitos alunos; e apontar onde eles devem melhorar.

Entretanto, na visão do especialista, a tecnologia está para auxiliar o docente e não para substituí-lo.

Por fim, o especialista acredita que haverá um método diferente em algumas escolas.

Por exemplo, ele pressupõe que a maior parte das escolas colocará em suas grades aulas de robótica (isso já ocorre hoje em algumas instituições, especialmente privadas).

Assim, os alunos poderão explorar novos conceitos e criar novos projetos para melhorar o ensino aos novos estudantes.

Escola do futuro

Uma das escolas que implementaram o uso da tecnologia na base curricular dos alunos foi o Liceu Santista, que em 2014 iniciou os investimentos na infraestrutura do colégio para ampliar os ensinamentos aos estudantes.

Segundo o coordenador pedagógico do Ensino Médio, Lucas Lamosa, os auxílios tecnológicos só foram possíveis após amplo estudo e planejamento para implementar novos meios de estudo aos discentes.

“Compreender as modificações no atual processo de ensino-aprendizagem a partir de novos modelos e metodologias de aula, tendo como um dos alicerces a inserção da tecnologia voltada para o desenvolvimento da aprendizagem, foi o mote inicial da nossa transformação”, explicou Lamosa.

O coordenador ainda enfatiza que a escola está engajada nos atuais meios tecnológicos. Assim, podendo contribuir na formação da identidade e interação dos alunos.

 

A utilização de recursos tecnológicos é fundamental para a elevação da qualidade de ensino nas escolas

A utilização de recursos tecnológicos é fundamental para a elevação da qualidade de ensino nas escolas. Foto: Liceu Santista

 

Atualmente, a escola conta com projetores, roteadores, Apple TV e ainda iPads. Lucas ainda acrescenta que além dos novos equipamentos, a instituição de ensino modernizou o estúdio de gravação.

Portanto, passando a contar com profissionais da área no auxílio às atividades planejadas e às propostas de protagonismo dos alunos.

Além disso, o Liceu conta com um novo laboratório de informática substituindo os antigos desktops por modernos notebooks.

Previsões

Para 2019, Lamosa afirma que o Espaço Maker estará à disposição dos alunos do colégio. Assim, viabilizando o desenvolvimento da cultura maker e reiterando a abordagem criativa e inovadora da instituição.

“Elaboramos um plano de formação para os docentes, direcionando os trabalhos para a utilização das tecnologias e as necessidades diárias dos professores nas práticas em sala de aula”, afirma.

Ele salienta que o maior desafio atual é “refletir acerca da essência do processo educacional em como pretendemos ensinar as novas gerações e articular de forma dialética a educação e tecnologia”.

Contudo, o Liceu ainda conta com com aulas específicas de Educação Tecnológica para alunos do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental.

Problemas educacionais

As dificuldades que as escolas municipais e estaduais se encontram, de forma geral, dificultam o avanço do ensino de informática nas instituições públicas. As reclamações de pais se sobressaem ao serem questionados sobre a atividade nas escolas dos filhos.

No caso da motorista Tabata Samira, 38 anos, a escola infantil Porchat de Assis, onde a filha Mariana [nome fictício] estuda, passa por dificuldades em relação a manutenção dos computadores.

Segundo ela, a Prefeitura precisa se empenhar mais no auxílio à escola e trocar os computadores. Porque, na visão dela, os aparelhos são antigos.

“É um descaso total. Se dessem mais atenção às escolas, seria muito bom”, criticou. Ela ainda relembra que, em janeiro deste ano, houve invasão por parte de moradores de rua na unidade.

No entanto, para ela, a Prefeitura precisa liberar mais materiais e disponibilizar pessoas para arrumar a escola.

Assim, Tabata relata que os pais dos alunos estão realizando mutirões para pintar as paredes da unidade.

Mutirão para pintura das paredes foi idealizado pelos pais dos alunos da Escola Porchat de Assis. Foto: Divulgação

Mais casos

Situação semelhante vivenciada pela balconista Cristiane Prates, de 44 anos, que afirma que na Escola Estadual Visconde de São Leopoldo, onde as filhas Isabela e Sabrina [nomes fictícios], de 15 e 16 anos, estudam, há tempos ambas não tem aulas de informática.

Segundo ela, a sala está fechada há três anos por problemas com limpeza e com os computadores.

“Desde que elas entraram lá, nunca vi eles fazerem alguma coisa para reabrir a sala”, explicou.

Além disso, Cristiane ainda comenta que as filhas ouviram de um dos professores, que a sala estava inutilizada devido ao forte cheiro de mofo presente no local.

Por ironia, na quinta (8), Cristiane comentou que a escola reabriu a sala para os alunos responderem a um questionário escolar.

Segundo ela, essa foi a primeira vez que elas usaram o computador.

No entanto, ambas as mães, Tabata e Cristiane, afirmaram que as aulas de informática são de extrema importância aos filhos. Portanto, segundo elas, a aprendizagem durante as classes, beneficiarão os filhos no competitivo mercado de trabalho.

Educação pública

Em resposta, a Secretaria de Educação do Governo do Estado afirma que a sala de informática está funcionando normalmente na EE Visconde de São Leopoldo. Além disso, a manutenção e a limpeza do espaço são realizadas rotineiramente.

Ainda acrescenta que a direção da unidade está disponível para mais esclarecimentos sobre o assunto.

Já a Prefeitura de Santos informa que o maior problema é em relação ao “investimento em formações continuadas para o aprimoramento de metodologias que privilegiem as tecnologias educacionais”.

Neste caso, a Prefeitura salienta que está se esforçando para adquirir equipamentos e espaços. Para, assim, favorecer uma aprendizagem mais dinâmica.

Questionada se todas as escolas municipais teriam aulas de informática em suas grades, a secretaria informou que, atualmente, os colégios que atendem à Educação Básica possuem a disciplina.

A Prefeitura completa dizendo que os “fundamentados pelo que preconiza a Base Nacional Comum Curricular, BNCC – 2017, os técnicos da Secretaria de Educação, em cooperação com a Diretoria de Ensino de Santos e Undime, estão estudando mudanças nessa matriz curricular com o objetivo de atender a Lei (BNCC), políticas e programas federais que consideram a informática como metodologia, não disciplina”.

A secretaria de Educação salientou que o orçamento da manutenção geral de informática nas redes públicas é de cerca de R$ 230 mil/mês.

Assim, abrangendo a manutenção de computadores, impressoras, internet, wi-fi, suporte aos usuários.

Ainda, desenvolvimento do Siges, suporte nos eventos promovidos pela secretaria e manutenção do Parquinho Tecnológico.

Perguntada sobre eventual mudança das aulas de informática para o ensino a distância (EAD), a Seduc afirmou que, até o momento, não ocorrerá à mudança da prática para os estudantes.

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