O Teatro Experimental de Pesquisas – TEP (hoje ligado à Universidade Santa Cecília), está celebrando 50 anos de criação, com o lançamento do curta metragem Cinquenta.
Ainda contará com a exposição TEP 50 Anos, aberta esta semana na Galeria de Arte da Unisanta.
No entanto, foi em meio ao movimento teatral dos anos 1980, com a conscientização de seus participantes sobre a terrível doença que avançava, que surgiu o Grupo de Apoio à Prevenção à Aids da Baixada Santista – GAPA/BS.
A presidente da entidade, Nanci Alonso (também atriz), participou ativamente do TEP.
“Trata-se de um movimento político-social muito forte na região; o TEP, o GAPA, são grupos de resistência em suas áreas”, diz ela, depois de conferir a exposição e o curta metragem.
Curta
Em 22 minutos, o curta Cinquenta aborda a história do TEP a partir de farto material documental.
São recortes de jornais dos espetáculos montados; fotografias de cena; fragmentos de material audiovisual e depoimentos do jornalista, professor e diretor teatral Roberto Peres (já falecido) e de Carlos Pinto, ex-secretário de Cultura de Santos e atuante no movimento teatral santista.
Já na exposição, painéis assinados por Rafael Branco; fotos ampliadas com cenas das montagens do TEP e 46 cartazes de espetáculos compõem a trajetória do grupo.
Figurinos e adereços também estão na mostra.
Os interessados podem fazer a visita até o dia 28 (março), pela manhã e à noite.
O local: na Rua Oswaldo Cruz, 277, no Boqueirão, em Santos.
História
Criado no final dos anos 1960, em plena ditadura militar, o TEP “sobreviveu” à história nas palavras de seu diretor, Gilson de Melo Barros (também tesoureiro do GAPA/BS).
“Foram inúmeras montagens teatrais. Além de atividades audiovisuais que lhe valeram destaque em eventos cinematográficos. Com prêmios em festivais locais, estaduais e nacionais, além de viagens internacionais”.
Neste período, inúmeros artistas passaram pelo TEP deixando valiosas contribuições.
Entre eles Toninho Dantas (agitador cultural); Domingos Fuschini (figurinista e maquiador); Zéllus Machado (ator e animador cultural); Nanci Alonso (uma das fundadoras); Miguel Hernandez (ator e diretor teatral) e Marco Antonio Rodrigues (diretor e ex-secretário de Cultura).