Foi uma seleção difícil. Ao todo, 1.560 organizações sociais brasileiras foram avaliadas pelo Instituto Doar e a revista Época. O objetivo era identificar as 100 ONGs que desenvolvem as melhores práticas de gestão e transparência no Terceiro Setor.
E nesta longa avaliação, o Instituto Elos foi a única ONG da Baixada Santista na listagem final divulgada na edição do último final de semana da publicação semanal.
Assim, a entidade, criada oficialmente em 2000, foi contemplada com o selo de reconhecimento, que a ajudará a manter e ampliar seu trabalho, iniciado antes, em 1995, por um grupo de arquitetos que acreditavam ser possível fazer transformações, de forma concreta, na sociedade.
“O prêmio convida as pessoas a ter uma outra consciência em relação a necessidade dos recursos bem geridos também representarem um impacto melhor à sociedade”, destaca o diretor-executivo do Elos, Rodrigo Rubido, um dos fundadores da entidade sediada em Santos, no litoral paulista.
Tudo começou com a ação do grupo de jovens que se mobilizaram para a abertura do Museu de Pesca a partir de 1995, atraindo centenas de pessoas da sociedade santista até conseguir sensibilizar o então governador da época, o santista Mario Covas, que ampliou o volume de verbas para a conclusão e entrega do secular imóvel da Ponta da Praia em 1998.
Aliás, foi graças ao Guerreiros sem Armas (GSA) que surgiu o Instituto Elos, hoje profissionalizado após quase fechar as portas em 2005.
Isso porque, às vésperas de encerrar as atividades, uma associação americana que havia mapeado o trabalho do Elos os inseriu em uma rede internacional de ONGs em razão da ação peculiar desenvolvida junto aos jovens, cujo objetivo central sempre foi o de despertar o potencial das pessoas visando o engajamento em atitudes coletivas de ajuda e união entre as próprias comunidades envolvidas.
Guerreiros sem Armas 2017
Em 1999, surgiu a primeira ação social do Guerreiro sem Armas, que se repetiu nos últimos anos de forma bienal até julho deste ano.
“A partir de 2018, a ação será anual”, antecipa Rubido. As inscrições já estão abertas. Interessados podem clicar aqui ou pelo facebook.
Na atividade realizada entre 3 de julho a 3 de agosto passado, 59 jovens de 20 países participaram da 10ª edição do Guerreiro Sem Armas.
Ao longo de 32 dias, eles mudaram um pouco a aridez dos locais visitados e transformaram simples problemas em novas soluções em comunidades dos morros São Bento (Largo do Machado) e Fontana, ambos em Santos, e México 70, em São Vicente.
Em Santos, os jovens e a comunidade ajudaram na construção de novas áreas de lazer, pontos de coleta de lixo, pintura e recuperação de áreas degradadas.
Em São Vicente, a ação foi a construção de um parque para as crianças.
O Instituto Elos conta com apoio dos poderes públicos para a realização de atividades, mas nem sempre envolvendo recursos financeiros.
Com cerca de 20 colaboradores remunerados, a ONG se mantém com apoios de ações articuladas pelo Poder Público em geral, mas principalmente empresas e outras organizações para estimular e gerar transformação em ambientes e pessoas.
No entanto, aos poucos, o foco é ampliar a quantidade de doadores voluntários, ou seja, pessoas físicas – algo comum em países como Estados Unidos.
Para ser um parceiro do instituto, basta clicar no botão Doar que está na página do grupo no Facebook.
Confira alguns vídeos sobre o Instituto Elos, que funciona à Rua Marechal Hermes, 37, no Boqueirão, em Santos.
Informações 3326-4472 ou www.institutoelos.org.
Oasis
A intenção do jogo Oásis é usado de forma cooperativa, que atrai pessoas para trabalhar em conjunto. São 7 passos para atingir os objetivos.
O jogo já foi aplicado em 10 comunidades no Brasil, totalizando 360 em todo o mundo, incluindo Espanha, Portugal, Holanda, Itália, Inglaterra, Alemanha, Grécia, África do Sul, Quênia e Zimbabue.
O objetivo é mobilizar, em sete dias, uma comunidade para conquistar e obter sonhos comuns.
Confira o vídeo e entenda melhor também esta ação criada pelo Instituto Elos, que mobiliza atores sociais e a comunidade em si para resolver problemas coletivos.