Instituto Gremar recolhe nove tartarugas em um final de semana | Boqnews
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Pelo litoral

24 DE MARÇO DE 2018

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Instituto Gremar recolhe nove tartarugas em um final de semana

O Instituto Gremar resgatou 724 tartarugas-marinhas no ano passado na extensão das praias de Bertioga a Peruíbe, sendo 206 com vida e 518 mortas, perfazendo uma média de quase dois animais por dia

Por: Da Redação

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O último final de semana foi bastante movimentado para as equipes do Instituto Gremar que estiveram em ação pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

Nada menos do que nove tartarugas-marinhas encalharam entre sexta (16) e sábado (17), sendo oito em praias do Guarujá (Perequê, Sorocutuba e Ferry Boat) e uma em Bertioga (Canto do Indaiá).

Três delas foram encontradas vivas – todas da espécie Chelonia mydas (tartarugas-verdes) -, resistiram e encontram-se em tratamento na Base de Reabilitação da instituição, também no Guarujá.

Duas são vítimas de interação com petrecho de pesca e uma terceira apresenta suspeita de obstrução gastrointestinal por conta de ingestão de lixo.

As necropsias já realizadas indicam que causas semelhantes provocaram o encalhe da maior parte dos seis animais resgatados já sem vida.

Exceções feitas a uma tartaruga-verde vitimada por um processo infeccioso crônico.

E ainda um animal juvenil encontrado já em avançado estado de decomposição, o que não permitiu a identificação da sua espécie ou da causa mortis.

Redes, linhas e armações de pesca (os chamados “petrechos”), quando abandonados, perdidos ou descartados no mar são  ameaças à vida marinha.

O Gremar tem sido acionado com frequência para ocorrências envolvendo tartarugas que apresentam mutilações em nadadeiras e até lesões no pescoço.

O problema é provocado pelo contato com estes objetos.

Instituto Gremar encontrou nove tartarugas no final de semana em Guarujá e Bertioga. Três conseguiram resistir. Foto: Divulgação

Comparativo

Em 2017, o Gremar resgatou 724 tartarugas-marinhas na extensão das praias de Bertioga a Peruíbe.

Foram 206 com vida e 518 mortas, perfazendo uma média de quase dois animais por dia.

Os dados estão disponíveis ao público pelo Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática (Simba), que registra e documenta as ações do PMP-BS (www.simba.petrobras.com.br).

 

Instituto Gremar

Desde 2004, a ONG24 trabalha por meio de equipes multidisciplinares no monitoramento ambiental e reabilitação de animais vitimizados, cursos de capacitação profissional.

E ainda: atividades de educação ambiental em espaços formais e não formais e atendimento a emergências ambientais com fauna.

Até o momento já atendeu cerca de 3 mil ocorrências na Baixada Santista, realizando qualificação e quantificação destes.

Em 2007 instalou o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos – CRAM REVIVA na Ilha dos Arvoredos (Guarujá-SP).

Este foi o primeiro local especializado para tratamento de animais marinhos do Estado de São Paulo, onde permaneceu até 2013.

Em 2013, inaugurou o Centro de Recepção e Triagem de Animais Marinhos – localizado na Base de Monitoramento Ambiental, no Canal de Bertioga.

Lá dispõe de um hospital veterinário para animais marinhos e de toda a estrutura necessária para a reabilitação e soltura destes.

Dentre seus principais projetos destacam-se o monitoramento do encalhe de carcaças de animais marinhos.

E atuação preventiva na mobilização de atividades diversas e na conscientização das comunidades quanto aos problemas que afetam a saúde ambiental aquática.

Também oferece cursos para profissionais da área de ciências biológicas, medicina veterinária, oceanografia e gestão ambiental.

O  intuito é aperfeiçoar conhecimentos específicos sobre conservação dos ambientes marinhos e costeiros.

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