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Turismo Sustentável

05 DE MAIO DE 2016

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Mapa inédito reúne atrativos turísticos do litoral norte

Levantamento feito pelo Observatório Litoral Sustentável foca em atividades realizadas pelas comunidades tradicionais da região

Por: Da Redação

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A virada do ano de 2016 começou atraindo cerca 1,5 milhão de turistas para as praias do litoral norte de São Paulo, de acordo com estimativa das prefeituras de São Sebastião,Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba, cidades que compõem a região. Anualmente este trecho recebe cerca de 5,5 milhões de visitantes, segundo números das Secretarias de Turismo das cidades.

Os turistas seguem para lá em busca de sol, praia e paisagens que fazem da região uma das mais bonitas do litoral brasileiro. Porém, mais do que lugares já conhecidos, o litoral norte possui atrativos naturais, culturais, esportivos e de atividades econômicas que proporcionam experiências valiosas para quem procura praticar outras formas de turismo.

Com foco no turismo sustentável, que leva esse nome por promover uma relação de respeito com o meio ambiente a partir da valorização das riquezas naturais e fortalecer a geração de renda para as comunidades tradicionais (caiçaras, indígenas e quilombolas), o Observatório Litoral Sustentável lançou o inédito Mapa do Turismo Sustentável do Litoral Norte, no qual constam 87 atrativos turísticos nas quatro cidades.

Os pontos turísticos foram levantados durante reunião da Câmara Temática de Turismo Sustentável do Litoral Norte, instância de participação do Observatório. A apuração e checagem de informações sobre os locais foram feitas pela empresa Manufatura de Ideias, que categorizou os pontos de acordo com o Sistema de Inventariação Turística(INVTUR), do Ministério do Turismo.

As atrações turísticas foram divididas em Atrativos Naturais (mergulho, mirante, observação de aves, observação de crustáceos, trilha/estrada/parque e turismo de aventura/ecoturismo); Atrativos Culturais (turismo cultural e gastronômico); Atividades Econômicas e/ou de Manejo (produtos da Mata Atlântica e maricultura ou vieiras), Esportes (esportes e eventos) e serviços (informações turísticas).

Do total de atrativos, 44 estão em São Sebastião (19 culturais, 16 naturais, 6 econômicos e/ou manejo e 3 esportivos); 20 em Ubatuba (8 naturais, 4 culturais, 4 esportivos, 2 econômicos e/ou manejo e 2 de serviços); 17 em Ilhabela (todos naturais) e 6 em Caraguatatuba (5 naturais e 1 cultural).

mapa O mapa pode ser acessado livremente na internet pelo link: http://migre.me/tFxPZ

Para a diretora de turismo de São Sebastião, Telma Della Mônica, o mapa servirá também como uma ferramenta para os hotéis: “O hoteleiro fica tão voltado ao seu negócio que se esquece do entorno e de vender atrativos. É muito gratificante ver a quantidade de pontos turísticos que a região possui”, comenta.

A moradora de Ilhabela Luana Acosta Cristo acha que existem pontos falhos na divulgação do turismo da região: “Temos muitas trilhas, cachoeiras e lugares especiais que não são divulgados pelas prefeituras. Com esse material, acredito que conseguiremos ampliar o número de turistas e garantir novas oportunidades de trabalho para os moradores”.

Ideia do mapa e turismo de base comunitária

Uma das instâncias que o Observatório Litoral Sustentável possui na região é a Câmara Temática de Turismo Sustentável do Litoral Norte, responsável por promover o debate público com o objetivo central de fortalecer e aprimorar a diversificação das atividades de turismo com foco principal no turismo de base comunitária.

Durante as reuniões da câmara, que começaram em maio de 2015, o Observatório percebeu que era importante fazer atividades de sensibilização com as comunidades tradicionais da região, que incluem caiçaras, indígenas e quilombolas. Segundo a coordenadora da CT, Isabel Ginters, a ideia do mapa surgiu para que as pessoas ajudassem na identificação dos pontos turísticos e também se identificassem como atores do território.

“O mapa traz a possibilidade de o turista buscar no litoral norte mais do que sol e praia. É uma oportunidade para que ele contate alguém da comunidade e saiba como a população local vive. No decorrer da ocupação dos territórios vemos a extinção dos trabalhos tradicionais e, com isso, a queda da renda. O turismo pode ser um meio de emprego e subsistência dessas comunidades”, explica.

Para que as comunidades conversem entre si e conheçam mais a atividade, criou-se uma estratégia de intercâmbio no qual se convida grupos que já possuem ações de turismo para contar as experiências aos que não trabalham com isso.

Em dezembro de 2015, o Fórum de Comunidades Tradicionais e o Observatório Litoral Sustentável promoveram uma vivência de Turismo de Base Comunitária na comunidade de Barra Seca, em Ubatuba, com participantes quilombolas, caiçaras e indígenas de Montão de Trigo, em São Sebastião, e das regiões de Ubatuba, Paraty e Angra dos Reis.

>”É um trabalho de empoderamento. Quando a comunidade está bem estabelecida no território, com uma cultura forte e promovendo o turismo, as chances de que haja uma remoção por motivos diversos são muito menos prováveis”, relaciona Isabel.

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