Desde o início dessa semana, milhares de peixes mortos têm aparecido em pelo menos 10 quilômetros das praias de Ilha Comprida, litoral de São Paulo.
A provável causa seria a sobrepesca.
Então, os animais foram capturados durante ação de pesca, geralmente por arrastão, e depois descartados.
Segundo Biólogo João Alberto Paschoa dos Santos, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), órgãos ambientais estabelecem uma cota para a retirada de espécies do mar.
Entretanto, essa cota não pode ser ultrapassada.
“No entanto, a sobrepesca já atinge quase 80% das principais espécies exploradas pela atividade pesqueira na costa brasileira”, avisa Santos.
Contudo, para ele, se não houver maior controle sobre a pesca predatória no país, muitas espécies correm o risco de extinção.
“Com a sobrepesca, algumas espécies acabam não tendo tempo suficiente de reprodução. E, aos poucos, vão se tornando cada vez menos presentes em nossas águas. Daqui a algum tempo, podem sumir de vez”, alerta o Biólogo.
O conselheiro do CRBio-01 cita como exemplo desse efeito a sardinha-verdadeira.
Sua produção no país era de 228 mil toneladas, em 1973.
Porém, em 2011, caiu para apenas 75 mil toneladas.