Professores e funcionários de diversas funções das escolas municipais participaram da palestra ‘O silêncio mata: precisamos falar sobre suicídio’, com a psicóloga Luciana Cescon.
A palestra aconteceu no auditório da Secretaria de Educação (Seduc), na manhã da última sexta (17).
A atividade fez parte da VIII Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – Sipat Educação. Além de integrar a programação da 30ª Semana da Educação Professor Paulo Freire.
Luciana Cescon é psicóloga da Prefeitura, mestre em Ciências da Saúde e colaboradora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, explanou sobre fatores de riscos que podem levar crianças, adolescentes e adultos ao suicídio.
Sinais de alerta, automutilação, maneiras de ajudar, além de várias outras dicas. Além de matérias divulgadas pela mídia, dados e conceitos sobre o tema.
“O suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo. Já no Brasil representa a quarta maior causa. No País, são 11 mil suicídios por ano e 35 notificados por dia, segundo pesquisas”.
Ela ainda mostrou dados de que existe uma porcentagem maior de idosos que se matam do que de jovens. “Isso se deve ao sentimento de abandono, solidão, morte de cônjuge, doenças, entre outros”.
Entretanto, a especialista também falou da importância de termos tempo para nós mesmos. Alem da disposição de ouvir o outro, se importando com o que está sentindo.
“Vivemos em um mundo com muita correria, poucas brincadeiras ao ar livre, cheio de atividades e cursos e uma grande valorização do sucesso e beleza nas redes sociais. Assim, ficamos sem espaço para falarmos de nossas tristezas e sentimentos. Temos que ter um olhar cuidadoso para isso, principalmente nas escolas, com alunos e famílias”.
AJUDA
Todavia, a psicóloga ainda divulgou o número 188 do CVV (Centro de Valorização da Vida) e o site www.cvv.org.br.
Além disso, explicou sobre os serviços públicos de saúde mental e também sobre os encontros do Instituto Vita Alere. “Na próxima segunda, dia 20, terá reunião do grupo de apoio de enlutado por suicídio em Santos (Rua Adolfo Assis, 86), das 18h30 às 20h30”.
“Achei o tema muito importante. Nesta vida agitada que levamos, em que muitos não se preocupam com o outro, precisamos parar e refletir”, ressaltou a inspetora de aluno da escola Oswaldo Justo, Viviane de Souza Mendes.
“Gostei, pois é um alerta para todos nós. Procuro sempre conversar com meus alunos e me colocar à disposição. Também tenho uma neta adolescente e fico sempre de olho”, afirmou a professora da escola Maria Luiza Alonso Silva, Ana Maria Fernandes Fortes.