Eleito novo presidente do Condesb – Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista, o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, defende a união coletiva dos prefeitos e deputados federais (Beto Mansur e Marcelo Squassoni, ambos do PRB, e João Paulo Papa – PSDB) e estaduais da região (Cássio Navarro, PMDB, Paulo Correa, PEN e Caio França, PSB), além dos parlamentares que mesmo não tendo residência na região obtiveram expressivas votações nas nove cidades.
“Precisamos criar uma força política regional para analisar os gargalos e detectar metas para agilizar os procedimentos metropolitanos”, disse, em entrevista coletiva, logo após o evento ocorrido na sede da Agem – Agência Metropolitana, em Santos, nesta quarta (22).
Para ele, que ocupou o cargo em 2006/2007, há necessidade de definir os tópicos que deverão ser enfrentados para potencializar objetivos comuns.
“Muitas câmaras temáticas atuam em áreas correlatas que poderiam ser interligadas”, citando como exemplo a importância de existir um planejamento integrado no caso do georreferenciamento das cidades.
“Por que não unir as necessidades coletivas da região ao invés de cada município fazer a sua?”, indaga. Atrelada à Câmara Temática de Tecnologia de Informação e Comunicações, a atividade pode ser feita de forma integrada evitando que um município tenha o seu plano e outro não.
Por meio de imagem ou mapa, o georreferenciamento torna as coordenadas conhecidas em um sistema de referência, sendo ferramenta fundamental para a elaboração do Plano Diretor, algo que os municípios precisam discutir, de forma individual e, depois, metropolitana, para a formalização do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado – PDUI, que deverá estar concluído até janeiro de 2018, conforme prevê o Estatuto da Metrópole.
Mourão prefere ouvir os colegas para definir as áreas prioritárias, mas não esconde que alguns setores como Saúde, Habitação, Destinação de Resíduos e Mobilidade Urbana merecem uma atenção especial para atendimento às necessidades do cidadão.
“Precisamos efetivamente transformar o morador da região em um cidadão metropolitano”, destaca.
Mobilidade
Ele cita um pedido recente feito ao Governo do Estado para pleitear recursos via PAC 2 Mobilidade, junto ao Governo Federal, visando a ampliação do VLT – Veículo Leve sobre Trilho para Praia Grande e cidades do litoral sul.
“Se conseguirmos levar o VLT até o terminal de Tude Bastos – em um trajeto de 3.540 metros – e depois ligando os demais bairros da cidade e os municípios do Litoral Sul via BRT – Bus Rapid Travel atenderemos de 60 a 80 mil pessoas diariamente”, destaca.
Hoje, 16 linhas de ônibus fazem o trajeto entre Praia Grande e Santos totalizando 2,8 milhões de viagens por mês (1,4 milhões ida e 1,4 milhões volta).
Se o VLT fosse estendido ao terminal, haveria uma natural migração para este novo meio de transporte, facilitando a vida da população e eliminando veículos nas ruas, especialmente em São Vicente – cidade passagem dos veículos provenientes do município vizinho – e Santos, destino final de boa parte destes passageiros.