Raul Christiano destaca papel de conciliador, mas lembra: “cobertor é curto” | Boqnews
Foto: Thalles Galvão Raul Christiano

Cidades

21 DE NOVEMBRO DE 2014

Siga-nos no Google Notícias!

Raul Christiano destaca papel de conciliador, mas lembra: “cobertor é curto”

Secretário de Cultura explica as novidades para o carnaval e ações planejadas para 2015.
Ele também comenta as polêmicas com setores culturais e o andamento de obras como a Concha Acústica e a Biblioteca Mario Faria

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

 

“É um desafio trabalhar com poucos recursos e não basta só a criatividade”. A afirmação do secretário de Cultura de Santos, Raul Christiano, resume bem o principal desafio enfrentado em quase dois anos de gestão. Durante quase uma hora, o responsável pela pasta falou sobre inúmeras ações desenvolvidas na Cidade.
O Desfile das Escolas de Samba de Santos e o Carnaval 2015 já estão prontos e planejados. “

“Nós teremos os desfiles das escolas de samba, no carnaval 2015, dias 14, 15 e 16 de fevereiro. Uma das novidades será apresentada na primeira noite dos desfiles, com duas escolas pleiteantes. Elas não recebem o cachê que as outras têm direito. E integrarão, em 2016, o Grupo 1, formado com quatro escolas. Neste ano, como sempre, teremos 10 escolas no grupo especial, mas em 2016, nove”, disse.

Christiano também falou sobre o Plano Municipal de Cultura, o projeto Letras Santistas, o atraso nas obras da Concha Acústica e nareforma da Biblioteca Mário Faria, além de comentar a polêmica com os integrantes do Festa – Festival Santista de Teatro Amador: “Estou aberto ao diálogo (…) Eu tenho ouvido muito, recebo sempre as pessoas. Sou um entusiasta”, defendeu-se.

 

Confira a íntegra da entrevista:

 

Secretário, o que já é possível falar sobre o Carnaval 2015?

Os desfiles de carnaval acontecem dias 14, 15 e 16 de fevereiro. Uma das novidades será apresentada na primeira noite dos desfiles com duas escolas pleiteantes e novas. Elas não recebem o cachê que as outras têm direito. E integrarão, em 2016, o Grupo 1, formado por quatro escolas: as pleiteantes, mais duas escolas do grupo de acesso, que cairão para esse novo grupo. Neste ano, como sempre, teremos 10 escolas no grupo especial, mas em 2016, nove. Serão cinco escolas no grupo de acesso, no sábado, e quatro, no próximo ano.Nosso Carnaval está estruturado nos desfiles, mas há muito mais.

Quais as intenções destas mudanças?

Você motiva. Por exemplo, essas duas novas escolas são da Zona Noroeste e postulavam essa participação faz tempo. Isso dará um brilho novo ao carnaval. Essas escolas novas vão proporcionar uma disputa mais emocionante. Queremos um espetáculo concentrado, com grupos e torcidas mobilizados de toda a cidade. Em 2014 já tivemos um evento que entrou para a história, como um dos mais bem organizados, desde os preparativos, ao tempo de desfile e na repercussão, pois as emissoras de TV da região também transmitiram pela internet e a festa santista foi vista nos pontos mais distantes do mundo, de acordo com relatórios de interatividade dos internautas com as emissoras.

E a respeito dos desfiles dos blocos e das bandas, o que a Prefeitura planeja colocar à disposição dos foliões?

São 60 bandas que desfilarão por toda a cidade. Cuidamos da infraestrutura, disponibilizando caminhões de som, banheiros químicos e suporte da CET, Guarda Municipal e mobilização da Polícia Militar. As bandas se encarregam do trabalho da segurança dos foliões, de acordo com o número de participantes. Tanto para as bandas, como principalmente para o desfile das escolas de samba, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa tomou a iniciativa, em 2013, de formar uma comissão de planejamento do carnaval. Uma comissão de trabalho, que reúne todas as secretarias e empresas municipais, além de representantes da CPFL, CREA, Associação dos Engenheiros, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Isso fez e faz com que o carnaval seja pensado globalmente em suas soluções e daí ninguém pode dizer “eu não sabia disso”. Quando você tem uma demanda para o carnaval, que depende de uma secretaria ou de um especialista, as áreas já estão envolvidas e interagem para que tenha os resultados esperados. As matinês e bailes nas tendas do Projeto Verão, na orla da praia, que iniciam as suas atividades na virada do ano, em 31 de dezembro e vão até 18 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, também são alvo desse planejamento.

Raul Christiano

“Quando você tem uma demanda para ao carnaval, as áreas já estão envolvidas e já interagem para que tenha os resultados esperados” Foto: Thalles Galvão

 

Como está sendo conduzido o Plano Municipal de Cultura?

Já trabalhamos em São Paulo na elaboração do Plano Estadual de Cultura. Sou, inclusive, membro relator, fui eleito pela representação dos nove municípios da Baixada e a Juliana Veiga, da Prefeitura de Bertioga, é a suplente. Este plano envolve representantes de todo o Estado, de praticamente todos os segmentos culturais. Tanto o Plano Estadual, quanto o Plano Municipal seguem uma adesão que o município fez no ano passado ao Sistema Nacional de Cultura, que foi elaborado pelo Ministério da Cultura. O Plano Municipal é uma das atribuições sintonizadas como Sistema do MinC. Na próxima reunião do Conselho Municipal de Cultura, dia 15 de dezembro, vamos discutir as regras e o cronograma para essa iniciativa, que inclui modificações no Conselho local, tornando-o mais amplo e forte com os movimentos culturais da Cidade.

A pasta de Cultura tem muitos desafios na área da gestão e orçamento restrito. Como lidar com esta questão?

É um desafio trabalhar com poucos recursos e não basta só a criatividade. Temos um calendário cultural extensona cidade, que precisa ser cumprido, foi constituído através de Lei Municipal. E aí o cobertor tem sido curto para o número de atividades. É fácil inserir eventos novos, mas nem sempre há previsão orçamentária para eles. Somos incansáveis na busca de parcerias, e esses parceiros privados, principalmente, também são sangrados por iniciativas de outros grupos, que independem da ação da secretaria. A cidade de Santos vem acontecendo muito, cada vez mais. Como secretário sou obrigado a fazer uma conciliação de interesses. Na Secult agimos como conciliador para conseguir realizar as coisas da melhor forma. Fora isso, deparei com uma estrutura física dos equipamentos da Secretaria – os teatros e equipamentos culturais – necessitando de manutenção. Esse problema da falta de manutenção não é um privilégio de Santos. Trazer essas informações sobre o que precisa ser feito para a sociedade, serviu e está servindo de alerta para estabelecer desde a hora que se decide por um equipamento novo, pensar na manutenção dele. Gostaríamos de ter em Santos e no país, o exemplo de países desenvolvidos, em que preveem para cada milhão investido, um percentual de 5 a 10% destinados à manutenção desses equipamentos. No caso contrário, eles vão deteriorando com a ação do tempo. Nós tivemos a reforma do Coliseu que foi muito importante. No Municipal estamos concluindo as obras de substituição dos tirantes do urdimento do teatro. E ele vai passar uma reforma ampla e completa, como nunca houve antes. Nós contratamos o arquiteto Julio Katinsky, que foi um dos arquitetos que desenhou o Centro de Cultura Patrícia Galvão e vai se iniciar uma obra, com previsão de verba do DADE de R$ 5 milhões, em 2015, numa primeira etapa, com a revitalização das fachadas e modernização das instalações hidráulicas e elétricas. O conjunto dessa obra prevê etapas que melhorem as instalações do MISS – Museu de Imagem e do Som de Santos, da Hemeroteca Roldão Mendes Rosa, do Teatro de Arena Rosinha Mastrângelo, da Escola de Baile da Cidade de Santos e um novo espaço para a Secretaria de Cultura. 

Isso começa quando?

Ano que vem, em 2015. Mas obras dos tirantes estão adiantadas e creio que o Teatro Municipal voltará a funcionar no início do próximo ano. A ideia é que o teatro funcione mesmo durante as reformas mais amplas. Além delas, a Prefeitura de Santos está construindo quatro Centros Culturais na cidade. Na Vila Progresso (morro), com apoio do Governo do Estado; na Praça da Paz Universal (Zona Noroeste), em parceria com o Ministério da Cultura; na Vila Nova (região do Mercado) e, na última semana, o prefeito Paulo Alexandre iniciou as obras de um Centro Cultural no Morro da Penha. Cada um deles com cinema, teatro, biblioteca, cursos e oficinas. Essa disposição fortalece a política de descentralização do governo municipal, disponibilizando equipamentos e políticas públicas para a Cultura para toda a população em todos os lugares da Cidade. Damos o nome de Porto de Cultura, a esse programa. Hoje o Centro Cultural da Zona Noroeste é um exemplo forte dessa ação bem sucedida. E também, nessa questão de equipamentos, relacionamos a reforma da Concha Acústica, que está sendo revitalizada dentro das normas acústicas permitidas pelos órgãos ambientais e respaldadas pelo Ministério Público e o Judiciário. A reforma da Biblioteca Mario Faria, no Posto 6, e a previsão de obras de revitalização do Cinearte Posto 4 e da Gibiteca Marcel Rodrigues Paes, no Boqueirão.

 

Como tem funcionado a questão das OSs em Santos?

A área da cultura e o setor cultural eram os únicos que dispunham de uma Lei Municipal autorizando o compartilhamento de gestão com Organizações Sociais. Uma Lei de 2005, do então prefeito João Paulo Papa. Só que ela nunca foi implantada. No início do Governo, logo nos primeiros meses de 2013, iniciamos um processo de elaboração de proposta para tirar a lei do papel. Desse modo, definimos cinco áreas para usufruir de um novo modelo de gestão: a música, que compreende a Orquestra Sinfônica Municipal, o Quarteto de Cordas Martins Fontes, a Camerata Villa Lobos, o Coral Municipal e a Orquestra Jovem, que é de formação; a dança, com o Corpo de Baile de Santos, a Escola de Bailado Municipal, a Escola Livre de Dança, a recém criada Escola de Dança Contemporânea, que é um laboratório de pesquisa em dança e movimentos, e a Escola de Dança em Cadeira de Rodas; os cursos e oficinas, que incluem a formação e o desenvolvimento das atividades de iniciação e aperfeiçoamento artísticos, com as bibliotecas de suporte;o Teatro Guarany com a Escola de Artes Cênicas; e o Teatro Coliseu. A repercussão dessa iniciativa foi tão positiva, com as referências nacionais da gestão cultural mais eficiente e eficaz com as OSs – Osesp, Oficinas Culturais Pagu, do Theatro Municipal de São Paulo, do Teatro São Pedro, do Sérgio Cardoso – apenas para citar algumas, que o governo decidiu modificar a Lei e ampliara sua abrangência para outras áreas, como a Educação, Esporte, Saúde. A Câmara de vereadores aprovou a iniciativa do prefeito e o processo foi ampliado. Estamos na fase de qualificação das entidades. São 23 que já se cadastraram para receber o atestado municipal de OS. Destas, pelo menos 15 tem intenção em compartilhar conosco a gestão de projetos na área da cultura. Paralelamente, nós estamos elaborando os dois primeiros editais da Secretaria de Cultura. 

A obra da concha acústica está atrasada há três meses. Como está a reforma? A entrega deve ser no aniversário da cidade, em janeiro?

Toda a parte de alvenaria com ampliações do palco e acessibilidade está pronta. O atraso é regimental, por conta das licitações para as compras de equipamentos elétricos, som e climatização. Estamos correndo com isso para reabri-la a todos ainda neste Verão. Após a instalação dos equipamentos, nós conseguimos programar a inauguração. Com certeza deve ser no início do ano. Entre janeiro, fevereiro. Depende da licitação caminharsem problemas.

Raul Christiano

“Após a instalação dos equipamentos, nós conseguimos programar a inauguração. Com certeza deve ser no início do ano. Entre janeiro, fevereiro. Depende da licitação caminhar” Foto: Thalles Galvão

E a biblioteca Mario Faria?

Aparentemente seria uma obra simples, mas tinha problemas graves com as infiltrações, que submetiam a risco o próprio acervo. A Prefeitura providenciou a impermeabilização  das lajes e paredes do Posto 6, e substituiu toda a parte elétrica e hidráulica. Aguardamos agora a conclusão das licitações para aquisição de mobiliário e do novo sistema sistema de ar condicionado.Os usuários da biblioteca Mário Faria sempre reclamavam das condições dessas instalações, que também devem ficar prontas em janeiro.

O Facult não aconteceu ano passado, mas esse ano já saiu o primeiro edital. Todo o processo foi concluído? 

Em 2013 trabalhamos ainda com a gestão do Facult de 2012. A análise dos projetos apresentados em 2012 só foi concluída em junho de 2013. Alguns pareceristas (sic) retardaram a entrega da análise dos projetos. Em 2013 não aconteceu porque os recursos para o Facult, abastecido até então unicamente pelas bilheterias dos teatros, foram prejudicados com o fechamento do Teatro Coliseu. O Coliseu voltou em abril deste ano, com eventos praticamente durante a semana inteira e aí pudemos lançar o edital de 2014, o primeiro deste governo, para a escolha de 30 trabalhos. Tivemos 74 trabalhos inscritos. A análise dos trabalhos foi modificada. A comissão que foi constituída, com membros do Conselho Municipal de Cultura e representantes designados pela secretaria, fez um trabalho coletivo. Eles foram analisados, definidos e homologados. Todos os selecionados já entregaram a documentação e, na segunda-feira (24) começamos a repassar os recursos (R$ 10 mil), sendo 80% inicialmente e 20% para a conclusão dos projetos selecionados.

Há a possibilidade de ser lançado mais algum edital neste ano?

Em 2014, não. Mas logo no início de 2015 iremos lançar, no novo orçamento. O Facult é um fundo que só podia ser abastecido com recursos das bilheterias. Fizemos uma mudança na lei que foi aprovada por unanimidade na Câmara. Agora, nós podemos colocar recursos da própria Secretaria no Fundo, podemos colocar um aporte podemos também receber recursos oriundos de multas e TACs do Ministério Público de ações contra o Meio Ambiente e o Patrimônio histórico. E estes recursos podem ser utilizados também para a manutenção dos Teatros e equipamentos culturais e para eventos relacionados à cultura. Porque fizemos esta alteração? Para ampliar as fontes de receitas. Segundo, para atender um dispositivo do Sistema Nacional de Cultura. Com a adesão do Município a este programa do Ministério, a prefeitura receberá estes recursos no Fundo e aí precisava ter recursos para a contrapartida municipal para estes recursos federais e estaduais que virão também. Por isso era preciso esta modificação. O plano Municipal de Cultura e a remodelação do Conselho Municipal de Cultura são duas questões previstas no Sistema Nacional de Cultura que temos que nos adequar.

Este ano o senhor teve que enfrentar alguns contratempos com a classe artística da cidade, principalmente durante o Festa. O que fazer para que problemas como estes não se repitam?

Nós temos um calendário cultural de eventos e ele tem historicamente uma definição de recursos dirigidos e carimbados. Esses recursos carimbados, da própria Secult, são abastecidos também por emendas parlamentares, tanto de vereadores, como de deputados estaduais e federais. Este ano nós tivemos poucas iniciativas. E no terreno estadual e federal, o ano eleitoral também prejudicou o repasse deste recurso. Em 2014, além da crise orçamentária geral no país, como ano eleitoral, os repasses de recursos estaduais e federais foram truncados. Nossa ideia é ter uma planilha clara do quanto vamos dispor para cada projeto ou evento em 2015, para que os organizadores trabalhem desde o início com os números reais, principalmente os mais emblemáticos, como Curta Santos; o Festival de Teatro de Santos, Festa; o Festes, Festival de Teatro Estudantil; o Fescete; a Tarrafa Literária; o Santos Jazz Festival.Sem falar o Projeto Verão, com as tendas artísticas na orla; Música e Letras, um festival de verão, sugerido pelo maestro Gilberto Mendes, que vai acontecer no final de janeiro começo de fevereiro; a Virada Cultural, o Dia do Rock, o Auto de Natal, e uma série de outros eventos,que destacam também os nossos Carnaval e Reveillón.

 

Raul Christiano

“Estes recursos que são carimbados são abastecidos de emendas parlamentares, tanto de vereadores, como de deputados estaduais e federais. Este ano nós tivemos poucas iniciativas” Foto: Thalles galvão

De forma mais organizada, problemas como este não se repetirão em 2015?

Como já expus, o que nós pretendemos é ter um cronograma de desembolso definido, para que todos aqueles que são parceiros e interessados diretos nos eventos tenham uma noção de quanto a secretaria garante para que eles possam se organizar. Sobre alguns problemas que tivemos na Secretaria com determinados setores, como o teatro de rua, atribuo à questões de comunicação mais clara e eu estou aberto ao diálogo para corrigir e melhorar. Tenho seguido uma orientação do prefeito: quem ouve mais, erra menos. Eu tenho ouvido muito, recebo sempre as pessoas. Sou um entusiasta contumaz. Vou a praticamente todos os eventos realizados com apoio ou não da Secretaria. Sempre que sou convidado, compareço. Quero estreitar mais essa relação de interlocução para ser um facilitador de fato. Minha atitude é refletida no Conselho Municipal de Cultura, uma vez que participo de todas as reuniões. Ele se tornou um foro de discussões e já se configura numa audiência coletiva em algumas de suas reuniões. Estou sempre aberto ao diálogo e a Secretaria trabalha com transparência, a exemplo de todas as áreas do governo municipal.

 

Como será o projeto Letras Santistas?

Ele, inicialmente, atendeu uma proposta do Gilberto Mendes e do Flávio Viegas Amoreira. Eles sugeriram que nós reeditássemos os livros de Martins Fontes, Vicente de Carvalho e Rui Ribeiro Couto, três autores que são clássicos da Literatura. Como eu não posso realizar um projeto exclusivo, que visaria beneficiar três autores, eu ampliei. Formamos uma comissão especial para a seleção de autores e obras. Num primeiro momento, selecionamos 12 autores e obras. Definimos alguns critérios para a escolha destes autores. E, dentre estes critérios, eles devem ser falecidos e tenham obras publicadas até o início da década de 1950. Exceto autores que também fazem parte da história da Literatura nacional, como é o caso do Miroel Silveira e do Plínio Marcos. O Miroel, em 2014, completaria 100 anos e as obras dele não estão disponíveis mais, estão fora do catálogo. E as obras do Plínio, temos dificuldades de encontrar e, em 2015, vamos comemorar 80 anos de nascimento dele. Realizamos a segunda reunião da comissão, os intelectuais presentes, encaminharam a relação de autores e obras. Na terceira reunião vamos homologar os doze primeiros autores e suas obras, após nos certificarmos da liberação dos direitos autorais e formatos de livros, edições e cronograma de lançamentos.

Qual é a previsão para que estas obras sejam publicas?

Estas obras poderão incluir algumas ilustrações referenciais da época que o autor escreveu. Cada uma destas obras terá uma introdução biobibliográfica, que deverá ser escrita por um dos membros da comissão. Nós estimamos que esta preparação da obra demore no mínimo cinco meses. Então, nós estimamos que o primeiro livro seja lançado em junho de 2015.

Estes livros serão destinados à escolas, serão comercializados?

Estamos definindo de que maneira eles serão impressos: ou pela gráfica da Imprensa Oficial ou com alguma gráfica que for licitada pela prefeitura. Não sabemos se rodaremos 500 ou mil exemplares. Todas as bibliotecas escolares receberão exemplares, as escolas municipais, estaduais, particulares, as faculdades e as bibliotecas públicas. E também disponibilizá-los nas livrarias ou na internet, para compra virtual. A possibilidade do e-book também é considerada pela Secult. Com essa iniciativa teremos os principais escritores santistas reinseridos no catálogo ativo de obras nacionais.

Como será o Memorial do Carnaval?

Estamos fazendo um levantamento do acervo. Recebemos a doação do Pedro Bandeira Júnior. Conversamos com o maior especialista em história do Carnaval, J Muniz Júnior, e já temos o material da família do Waldemar Esteves da Cunha e da Liga das Escolas de Samba de Santos, estamos definindo o local onde este material será todo classificado. O Memorial será sediado no Centro Cultural da Zona Noroeste. Há um espaço reservado para o funcionamento da Liga das Escolas de Samba de Santos e, nesse lugar, vai funcionar o memorial, que está institucionalizado por decreto municipal.

Onde posso doar este material?

As pessoas podem contatar com o Aldinho da Liga (Heldir Penha), um dos coordenadores do Memorial do Carnaval, na Secretaria de Cultura, através do telefone 3226-8000.

 

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.