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Consumo

04 DE OUTUBRO DE 2017

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Recuperação de crédito pelos consumidores é maior na Baixada Santista

Na Baixada Santista e Vale do Ribeira, houve aumento acima da média no volume de recuperação de crédito, contribuindo para aumentar o consumo e empregos.

Por: Fernando De Maria

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Indicadores se mostram favoráveis à retomada do consumo pela população. Foto: Divulgação

Aos poucos, o consumidor da Baixada Santista e Vale do Ribeira tem buscado meios para recuperar seu crédito, ou seja, está pagando suas dívidas para voltar a consumir.

Por sua vez, o percentual de inadimplentes registra ligeiro crescimento, maior que as médias nacional e paulista.

Os indicadores sinalizam que a situação econômica das pessoas, de forma geral, tem se estabilizado, a despeito do desemprego atingir mais de 13 milhões de cidadãos.

Os dados fazem parte do novo levantamento da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) divulgados nesta quarta (4), que traz números, de certa forma, positivos sobre o consumo na Baixada Santista. Os dados referem-se ao acumulado até agosto. (ver quadro 1)

 

 

Contrariando a média nacional, mas seguindo o ritmo paulista (pela sua força econômica, o estado foi um dos que mais sofreu retração no consumo), a população regional tem conseguido quitar suas dívidas (o que ajuda a retomar o consumo) mais que a média.

Apenas em Santos, o crescimento foi de 7,4% e na variação interanual (mesmo mês do ano anterior), 15,6%.

Se contabilizada a Região Administrativa (RA) Litoral Paulista (Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Peruíbe, Itanhaém e Registro), os indicadores são ainda mais expressivos: 14,4% e 21,9%, respectivamente.

Já no restante do País, os dados são opostos, com queda na recuperação do crédito (-1,3% e -2,3%).

“Percebe-se um movimento, ainda que lento, da retomada do crédito no País e na região”, explica o economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife.

Ele acredita que a pior fase da economia já passou. “Os indicadores já se mostram mais favoráveis”.

Com as explosões de denúncias contaminando Brasília e se multiplicando em outras localidades, havia uma relação direta do impacto político na economia do País. Passados alguns meses, o cenário mudou.

“Pelo menos a curto prazo houve um deslocamento da política e economia”, enfatiza.

Indicadores como a elevação dos indicadores das Bolsas de Valores, ultrapassando a casa dos 76 mil pontos nesta quarta – em patamar semelhante a 2008, quando houve a crise na economia americana – a queda nos juros e a inflação baixa são elementos positivos deste cenário animador, cujo maior preocupação ainda é o desemprego, superior a 13 milhões de brasileiros.

 

Inadimplentes

Por sua vez, a RA Litoral Paulista também registra aumento no volume de inadimplentes.

Em Santos, no acumulado do ano (janeiro a agosto) chega a 5% e na variação interanual, 2,7%, indicadores abaixo da média regional (5,7% e 4,7%, respectivamente).

O cenário difere do resto do País e do Estado, que apresentam indicadores negativos – ou seja, redução no registro de inadimplentes.

Isso pode indicar que consumidores podem ter quitado suas dívidas, mas, no retorno ao consumo, voltaram à lista de devedores.

No entanto, segundo o economista, os números não preocupam.

“O volume de recuperação do crédito é bem superior ao da inadimplência na região”, salienta Calife.

 

Datas comemorativas

O profissional calcula que as datas comemorativas que restam até o final do ano (Dia das Crianças e Natal) serão bem melhores ao comércio na comparação com as registradas em anos anteriores.

As vendas anuais tiveram alta de 2,2% em 2014 e duas quedas consecutivas: -4,3% em 2015 e -6,2% em 2016.

A projeção para 2017 é a retomada do crescimento variando de 0,5% a 1%. E para 2018, 2,5%.

“Ainda que lento, será um salto significativo, após dois anos consecutivos no vermelho”, disse.

Assim, tudo indica que – mesmo não cometendo abusos, ainda receosos pelo desemprego e dificuldades financeiras – os consumidores estarão mais propensos a consumir nestas datas, fazendo a roda da economia girar.

O próprio crescimento no volume de oferta de empregos temporários que já estão sendo oferecidos pelos shoppings e centros comerciais é um sinal positivo deste aumento na confiança por parte do brasileiro para voltar a consumir.

No ano passado, o índice de contratações temporárias foi praticamente zero na maior parte das cidades brasileiras.

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