Médicos cubanos atendiam 28 mil santistas, segundo Prefeitura | Boqnews
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22 DE NOVEMBRO DE 2018

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Médicos cubanos atendiam 28 mil santistas, segundo Prefeitura

Ao todo, a Cidade perdeu oito médicos cubanos após o anúncio do desligamento de Cuba; Prefeitura informa que Zona Noroeste e Área Continental serão mais afetadas

Por: Da Redação

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Com a saída de Cuba do Programa Mais Médicos (PMM) os problemas de saúde para os que não contam com planos particulares deverão trazer  dificuldades aos moradores de Santos, especialmente de áreas periféricas.

Desde ontem (21), os profissionais não atuam mais em Santos, no litoral paulista.

Com o surgimento do programa, em 2013, Santos contava com 24 médicos vinculados ao programa do Governo Federal, que atuavam na rede de Atenção Básica de Saúde.

Deste montante, oito eram médicos cubanos, seis brasileiros e os demais de outros países.

Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde vai pleitear ao Ministério da Saúde a reposição dos profissionais.

E ainda: realizar remanejamentos de médicos dentro da rede municipal até que esse processo seja concluído.

Enquanto isso, as regiões mais afetadas pela perda dos profissionais são a Zona Noroeste e a Área Continental.

Os médicos cubanos atendiam nas unidades de saúde do Caruara, Monte Cabrão, Alemoa.

E ainda: Jabaquara, Martins Fontes e Castelo (um em cada) e São Jorge (dois).

No total, são 28 mil pessoas atendidas nestas regiões.

“Os médicos cubanos interromperam o atendimento a partir de quarta (21), seguindo orientação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que mantém convênio com o governo brasileiro”, afirmou a secretaria.

Além disso, a Prefeitura de Santos afirmou que irá aguardar as reposições dos profissionais até a primeira quinzena de dezembro .

Contudo, salienta que, enquanto a reposição não acontece, o Departamento de Atenção Básica (Deab) vai remanejar profissionais entre as unidades para a substituição temporária.

São mais de 8 mil vagas abertas com a saída dos médicos cubanos

Inscrições abertas

O Ministério da Saúde publicou edital na última quarta (21) para os médicos brasileiros se inscreverem no Programa.

As inscrições iriam até o domingo (25) deste mês.

No entanto, ataques cibernéticos tiraram o site do ar.

O site apresenta morosidade e dificuldades de acesso.

Assim, o governo já anunciou que ampliará o prazo de inscrições.

Já para os médicos cubanos que ainda desejam cooperar no Programa, um novo edital será divulgado na próxima terça-feira (27) com a abertura de novas vagas.

Em nota, a pasta afirma que o edital divulgado será válido para médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior.

De acordo com o Ministério, os profissionais habilitados podem se inscrever por meio do site maismedicos.gov.br.

Ao todo, serão ofertadas cerca de 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

 

Relembre o caso

Na última quarta (14) o governo cubano emitiu, por meio de nota, o desligamento da cooperação do Programa Mais Médicos.

Assim, segundo à nota, as falas do presidente eleito Jair Bolsonaro, a respeito dos médicos cubanos, foram vistas como “depreciativas e ameaçadoras”.

“Nestes cinco anos de trabalho, cerca de 20 mil colaboradores cubanos atenderam 113,3 milhões de pacientes em mais de 3.600 municípios”, diz a nota.

“Chegando a ser atingidos por eles um universo de 60 milhões de brasileiros. Constituindo, assim, 80% de todos os médicos participantes do programa”, lembra.

“Mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história”, afirma o Ministério da Saúde de Cuba.

A nota afirma que o “Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa Mais Médicos e assim foi comunicado ao diretor da Organização Pan-Americana da Saúde e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam essa iniciativa”.

Ao final da nota, Cuba agradece a parceria e a confiança da população brasileira com os médicos cubanos.

Além disso, o pronunciamento afirma que será capaz de entender sobre quem irá recair a responsabilidade da saída dos médicos cubanos do Brasil.

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