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Economia 

21 DE OUTUBRO DE 2016

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Profissionais de consertos e reformas também sentem reflexo da crise

Mesmo o setor de reformas e consertos em geral está sentindo os reflexos da crise com movimentação abaixo do esperado para o período do ano. O crescimento da demanda nem sempre traz os lucros previstos

Por: Da Redação

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Se em momentos de crise, os serviços de conserto e reformas em geral ganhavam grande destaque e a procura aumentava consideravelmente, neste ano, porém, o movimento para este setor também não está animador. Para alguns, até que os trabalhos estão em alta, mas isso não tem significado um melhora no orçamento, como no caso da costureira Samantha Franzo, que teve a demanda modificada, mas o crescimento não acompanhou o faturamento no final do mês, ou de Martinho Rego e Anderson Fonseca, do setor de reforma e restauro de móveis, que tem movimento, mas não como esperavam assim como o sapateiro Nivio Peres.

Já para Adelino Antonio, que trabaha com reforma de armários embutidos, cozinha e gabinete, por exemplo, neste período que sempre foi forte com o final do ano se aproximando, os trabalhos estão em baixa. “Estou terminando um serviço e tenho apenas outro em andamento. Os orçamentos aparecem, mas para fechar o serviço está bem difícil. Ninguém quer nem arrumar, nem comprar”, conta.

Móveis

_mg_1402Para Anderson Fonseca, do ramo de reforma e restauro de móveis, as pessoas estão economizando a ponto de nem procurar renovar o que se tem. “Vai ficar do jeito que está. Nosso atendimento deve estar em 40% da capacidade que costumávamos atender”, conta. Nos últimos anos, Fonseca precisou – inclusive – fechar a empresa e abrir uma licença de autônomo para continuar a trabalhar no tradicional espaço que tem no Boqueirão. “Aqui temos clientes que sempre voltam. Esta cadeira, por exemplo, restaurei há 10 anos e a dona nos trouxe de volta agora. Existem móveis que sempre valem a pena reformar, mas outros não e sempre deixamos isso bem claro”, conta. “E trabalhamos assim na confiança, da indicação das pessoas que gostam do nosso trabalho e repassam aos amigos”. finaliza.

_mg_1420Já Martinho Calçada Rego, da Tapeçaria Santista, no número 1243 da Avenida Pedro Lessa, está mais animado, mas também nem tanto como ele mesmo salienta. “Temos bastante movimento atualmente, mas é por conta do fim de ano e mesmo assim abaixo do que costumávamos ter. Passando estes meses, lá para fevereiro e março a procura já diminuirá bastante”, conta. Segundo Martinho, os pedidos de orçamentos são muitos, mas o número de pessoas que realmente fecham negócio caiu. Com mais de 30 anos no mercado, a oficina está cheio de trabalho, mas não foi necessário, por exemplo, fazer novas contratações. Por sua vez, também não tiveram cortes.

Calçados

_mg_1360Com uma pequena loja ‘Sola Salto & Cia’ há seis meses no número 308 da Avenida Siqueira Campos (Canal 4), Nivio Peres é aposentado pela Usiminas e com a sapataria consegue engordar um pouco mais o orçamento. O movimento, porém, ainda não está como o esperado. “Sempre tenho trabalho, mas nesta época achava que teria mais”, conta. Isso tanto pelo momento econômico como pela própria questão de sustentabilidade. Nivio, que trabalha sozinho, conta que ainda não teve prejuízo, mas que esperava por um movimento bem maior. “Quis trazer também um conceito novo, fazendo um ambiente diferente, mas as pessoas estão de fato economizando. Mas estou tentando. Fiz panfletos. Vou começar a distribuir eu mesmo para economizar”.

Roupas

_mg_1434Há oito anos no número 1 da Rua Frei Francisco Sampaio, Samantha Franzo (de preto na foto) conta hoje com apoio de mais quatro mulheres para confecção e reforma de roupas em geral. A equipe aumentou por conta da alta demanda, mas engana-se quem acredita que o faturamento também melhorou. “Na verdade, nossa demanda hoje é diferente e mais complexa. Até uns meses atrás as pessoas vinham principalmente fazer pequenos ajustes nas roupas novas, como bainha. Hoje, elas aparecem para reformar o que estava há tempos guardado no armário. Isso gera um trabalho bem maior do que pequenos ajustes, gerando mais horas trabalhadas, mas não necessariamente mais dinheiro”, detalha Samantha.

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