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Dia do Rádio

19 DE SETEMBRO DE 2014

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O rádio comemora sua data na quinta (25) em busca de constantes inovações

A internet e a evolução tecnológica, na verdade, contribuíram com o dinamismo do meio rádio, oferecendo novas possibilidades de interação com os ouvintes.

Por: Da Redação

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As previsões de que o rádio iria acabar já não assustam mais os apaixonados pelo veículo, que nesta quinta-feira (25) tem um dia dedicado a ele, em homenagem ao aniversário de nascimento de Roquete Pinto, considerado o precursor e o “Pai do Rádio Brasileiro”. Quando surgiu a televisão e, décadas depois, a internet, especialistas acreditavam que o rádio estava com dias contados. É certo que muitas mudanças ocorreram, algumas para pior, mas a internet e a evolução tecnológica, na verdade, contribuíram com o dinamismo do meio rádio, oferecendo novas possibilidades de interação com os ouvintes.

A rádio santista Saudade FM (100.7), por exemplo, tem investido em tecnologia e – de acordo com o site www.radios.com.br está entre as mais ouvidas pela Internet no País. No ranking de agosto entre todas as FMs que fornecem serviço de live streaming (quando é possível ouvir a rádio ao vivo pela internet), ela surge em primeiro lugar. E em quarto no País quando somam-se com as AMs. (as primeiras são a Jovem Pan, Bandeirantes e Globo – RJ)

“É essencial aliar a tecnologia com a rádio. O segmento tende a crescer. Tendência que se não seguirmos, acabaríamos como uma rádio qualquer e morreríamos comercialmente”, ressalta o diretor da emissora, Marco Aurelio Vieira, que vê a tecnologia como uma grande aliada.
Atualmente, nos horários de pico, são 2.500 acessos. Para Marco, a internet não surgiu para a acabar com o rádio, mas para ampliá-lo. O filho Vitor, que trabalha com Tecnologia da Informação na empresa, desenvolve um programa – parecido com o Google Analytics – para analisar e mensurar a audiência on-line. “Será possível, por exemplo, encaminhar uma mensagem assim que o ouvinte acessar o site. Mensurando todos os dados também desenvolveremos campanhas mais direcionadas e promoções, uma vez que na internet temos gente de outros estados e até países”, explica.

Marco acredita estar no contra fluxo do fácil. “Demora mais para o resultado aparecer, mas quando vem, ele se consolida, pois é um trabalho que tem base. Seria muito mais fácil se juntar com uma igreja ou então tocar funk o tempo todo, mas optamos por privilegiar o conteúdo e estamos tendo o retorno disso”, explica.

No Jornalismo, a dificuldade é um pouco maior, mas a tecnologia também contribui com a informação. Para Oswaldo Jr, âncora da CBN Santos, o jornalismo em rádio teve uma queda assustadora. “Antigamente as pessoas sonhavam em trabalhar no rádio. Algo que foi esquecido. Ganharam lugar os sites, blogs… Mas ele sobrevive pelo dinamismo. Ainda hoje não tem outra forma da pessoa se informar naquele momento que não pelo rádio. Não existe mais o furo, mas o dinamismo ainda é seu grande diferencial”, ressalta.

Segundo Oswaldo, a CBN Santos (99.7) – que já tinha realizado outras duas tentativas que não avançaram em Santos – retornou à Cidade para sanar uma lacuna. “Aqui sempre houve tradição em formar grandes profissionais no Jornalismo”, relembra. O horário local atualmente vai ao ar das 9 às 11h30. Durante o dia, também há inserções nos intervalos da programação com notícias, entrevistas e, desde agosto, links ao vivo com repórteres na rua ao longo da programação da rede, localizada na Capital.

Para a locutora da Santa Cecília FM, Sandra Iannuzzi, a primeira voz feminina na rádio Santa Cecília FM ainda hoje não existe melhor companhia que o rádio. “Muitas pessoas ainda trabalham ouvindo a programação e o retorno do público – mesmo menor hoje em dia – acontece”, diz. Desde que começou, Sandra reconhece que muita coisa mudou. “A tecnologia facilitou a programação da rádio”, reconhece. Mas a paixão pelo meio permanece como antes.

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Rádio Saudade – Música – Santos
No rádio desde 1978, Marco Aurelio junto com a família – a esposa Cristina e o filho Vitor – está à frente da Rádio Saudade FM desde 2007. “Aliás, a rádio tem como mantenedora a Fundação Victório Lanza e nossa família cuida da fundação, junto com outros membros”, explica. Para Marco, o que aconteceu é que o mercado passou a mandar no rádio.”Nós estamos no contra fluxo. Queremos provar que dá para fazer algo de qualidade, com conteúdo e tecnologia. Estamos em constante evolução principalmente com trabalhos de pesquisa. A rádio é uma das poucas mídias que podem convergir com a internet, que não veio para derrubá-la, mas para deixá-la ainda maior (…) Estamos há sete anos tentando provar que o rádio – além de um sonho, um hobby e um desejo maluco – é possível, uma realidade, e contribui com a sociedade, trazendo bom conteúdo e colocando profissionais da região para se desenvolverem aqui”.

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Rádio CBN – Jornalismo – Santos
Primeiro contratado da CBN Santos, Oswaldo Silva Junior tem uma extensa experiência em rádio. Para ele, rádio é paixão. “Quem experimentou, não larga”. Após um ano e nove meses da estreia da CBN, com parceria da emissora Alvorada, a participação da população aumenta e os retornos são positivos. Hoje, são 14 funcionários, sendo cinco jornalistas. Para Oswaldo, a modernização é de extrema importância para o meio. “O tablet, ipad e o celular são os grandes diferenciais do que era o rádio e do que ele é hoje. A tecnologia é necessária e o deixa ainda mais dinâmico. O jornalismo é muito mais ligado nas pessoas. Nenhum outro veículo consegue se comunicar desta maneira”, acredita Oswaldo, ressaltando a ampla cobertura da equipe durante o acidente aéreo em Santos com o presidenciável Eduardo Campos. “Chegamos 10 minutos antes das equipes de televisão e imediatamente já estávamos ao vivo, sempre nos preocupando em informar com credibilidade”, conclui.

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Locução
Logo após ser formar em Direito, Sandra Iannuzzi virou – ao invés de advogada – locutora. Só depois entrou na faculdade de Jornalismo. Há dois anos de volta para a Santa Cecília FM, ela diz que a rádio é uma antiga paixão. “Ouvia e participava de promoções desde criança, quando nem pensava em trabalhar na área. Mesmo com todos o processo de mudança, o rádio continua sendo um dos principais companheiros das pessoas”, acredita Sandra, que começou na locução em 1995. Para ela, o locutor dá vida à programação. “Ele é o responsável pela plástica da emissora, sabendo a hora de falar, de vinhetar, de fazer uma passagem musical, de como interpretar uma nota, com a locução adequada para cada momento. Esse é o trabalho do locutor: Comunicar com a alma!”.

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