Criado no final de 2012 como opção para o empréstimo gratuito de bicicletas, o programa Bike Santos caiu rapidamente no gosto dos moradores e turistas, dada a praticidade no empréstimo das “magrelas” e o fato do município possuir 43 quilômetros de ciclovias. Porém, os usuários têm mostrado insatisfação com as condições dos veículos, além de outras dificuldades com o aplicativo responsável por liberar cada bicicleta do terminal.
Atualmente, são 37 pontos espalhados em toda a cidade para o empréstimo gratuito. Porém, o estudante Matheus Figueiredo, de 21 anos, encontra problemas nestes terminais. “É comum ficar muito tempo tentando a liberação da bike e não conseguir. Às vezes, troco de estação e nada”, diz ele que já optou até por ligar para o número da Central de Atendimento, sem sucesso.
Situação semelhante é a que passa o controlador de acesso José Wilson de Souza, de 38 anos. Ele sempre utiliza o empréstimo gratuito das bicicletas para aproveitar o momento de folga, pagar contas, ir ao Correio. “Mas, ultimamente, a manutenção tem deixado a desejar. A gente pega bicicletas sem freio, com pneu furado, murcho.”. Ele não guarda boas recordações da última vez. “Não consegui andar por dois quilômetros, pois a corrente caiu umas cinco vezes. Fiquei com a mão suja de graxa”.
São 37 estações espalhadas pela cidade. Problemas, porém, são relatados pelos ciclistas. Foto: Douglas Luan
A vendedora Mônica Soares, de 24 anos, também encontra dificuldades. “O Bike Santos é ótimo, mas é preciso cuidar um pouco mais das bicicletas. Falta manutenção constante. E não adianta ligar. O número não atende e, além disso, não é gratuito. E se eu estou sem créditos no celular?”, questiona.
Resposta
A CET-Santos informou que as bicicletas do projeto Bike Santos recebem diariamente manutenção da empresa Samba Transportes, operadora do sistema, para que os veículos permaneçam em boas condições de uso. “Das 370 bicicletas disponíveis para uso compartilhado na Cidade, cerca de 30 são retiradas diariamente das estações para limpeza, manutenção preventiva ou corretiva”, diz a nota.
Considerando o alto volume de viagens, as bicicletas podem apresentar algum tipo de dificuldade mecânica, diz a companhia em nota. “E na oficina própria (Rua João Éboli x Av. Senador Feijó), os mecânicos fazem a avaliação dos veículos e verificam o sistema de regulagem de freio e marchas, calibragem dos pneus e demais procedimentos para manter o sistema em ordem. A empresa também dispõe de funcionário com moto que realiza os reparos fora da oficina, agilizando o atendimento nos casos de emergência”, continua.
Porém, os registros de casos de vandalismo, depredação ou mau uso das bicicletas vêm contribuindo para que o sistema não opere como o desejado, afirma a CET. “As ocorrências mais comuns são danos às rodas, quebra da cesta e furto de acessórios, como espelhos retrovisores”.
A Samba Transportes disponibiliza o telefone 4003.9890, que pode ser utilizado para a retirada de bicicletas nas estações e para ligação à Central de Atendimento ao cliente.
A CET-Santos solicita a colaboração da população para que relate as dificuldades na utilização do Bike. “A companhia possui uma equipe de profissionais que monitora o sistema em tempo real e faz a fiscalização do sistema nas ruas, das 6h às 22h, inclusive aplicando penalidade de multa”.
A CET renovou por mais um mês o contrato de licitação com a empresa, em vigor desde novembro de 2013. Para tanto, pagará R$ 71.944,44 pelo serviço.