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Opiniões

04 DE JULHO DE 2018

Após a Copa

Por: Fernando De Maria

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Por enquanto, a Copa do Mundo é o assunto do momento. Basta ler jornais, acessar sites ou assistir e ouvir aos programas de TV ou rádio para saber o quanto o tema ganha espaço na mídia. Algo típico da nossa cultura.

Enquanto o Brasil avança no torneio, os brasileiros – de forma geral – nem imaginam os bastidores da política partidária de olho nas eleições de 7 de outubro.
Caso a seleção avance e jogue a final no próximo dia 15 de julho, muitos dos itens das regras eleitorais já estarão vigorando.

Por exemplo, a partir deste sábado (30), comunicadores ou profissionais que apresentem programas de rádio e TV e que serão candidatos saem ‘do ar’. É o caso do apresentador José Luiz Datena, da rádio e TV Bandeirantes, candidato ao Senado por São Paulo.

Não bastasse, o calendário eleitoral até a Copa prevê outras restrições. A partir do sábado (7) – a 90 dias das eleições – entra em vigor a proibição de propaganda de empresas e governos, a nomeação de candidatos a concurso público homologados até a referida data, e a transferência ou remoção de policiais, militares e agentes públicos, por exemplo.

Assim, independente da posição da seleção, no dia seguinte após a Copa o brasileiro já começará a ser bombardeado pelas informações eleitorais, começando pelas divulgações mais frequentes dos tribunais. Melhor se acostumar com a ideia.

A partir do dia 20 de julho até 5 de agosto ocorrerão as convenções partidárias. Ou seja, começam a ser definidos os nomes que entrarão na disputa eleitoral.
A disputa pelos votos será intensa. E confusa para muitos. Afinal, serão seis nomes aos quais os eleitores poderão escolher: presidente, governador, deputados estadual e federal, e dois senadores.

Em âmbito regional, a disputa pelos votos será maior. Na comparação com a última eleição federal (2014), alta de 3,8% – o equivalente a 50 mil eleitores a mais – superior ao total de votantes de cidades como Bertioga e Mongaguá, por exemplo. Na comparação com a eleição municipal, em 2016, a alta foi de 1,5%: 21 mil eleitores novos.

Assim, os nove municípios da Baixada Santista têm, somados, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral até maio, data de encerramento do prazo de cadastro do título eleitoral, 1.353.675 eleitores – 75,3% do total da população regional.

Impressiona o crescimento de Praia Grande – foram 12 mil eleitores a mais em dois anos (e 21.577 em quatro anos), a ponto da cidade provavelmente superar Guarujá e ocupar a terceira colocação regional no volume de eleitores já para as eleições de 2020.

Isso pode explicar, em parte, a queda de eleitores em São Vicente – munícipes podem estar se deslocando para o município vizinho. Eram 256.516 em 2016. Agora, 254.020. Foi a única cidade da região que perdeu votos.

Santos, por sua vez, se mantém na liderança, sendo responsável por 1 em cada 4 eleitores na Baixada Santista. Quase 81% da sua população está apta a votar, índice considerável. Sinal que um candidato local com pretensões, especialmente a deputado, precisa garantir votos consideráveis por aqui para poder sonhar com a vaga.

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