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Opiniões

07 DE AGOSTO DE 2018

Coração de estudante

Por: Da Redação

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Apesar da importância da educação em todo o mundo, cada vez mais a ausência ou a baixa frequência à escola condena a criança e o jovem à marginalidade social, tornando-a mais uma triste estatística de uma realidade cruel em nosso país.

Segundo dados divulgados recentemente pelo Banco Mundial, 52% dos jovens brasileiros com idade entre 19 e 25 anos perderam o interesse pela escola. O órgão financeiro indica que jovens de 15 a 25 anos vivendo em lares afetados por quedas nos rendimentos têm 2,3% mais chances de abandonar os estudos.

Desinteresse

Entre os que têm 18 anos, o índice sobe para 4,5%. O problema preocupa porque, em anos recentes, mais brasileiros viram sua renda encolher. Segundo os números do organismo financeiro, de 2013 para 2014, o total de domicílios que enfrentaram cortes no orçamento familiar passou de pouco mais de 20% em 2013 para quase 30% em 2014.

Mas, à parte a situação familiar, outros elementos sociais que vão além dos muros da escola têm impedindo a presença dos jovens brasileiros no caminho do conhecimento. E não são poucos: além do corte no orçamento familiar; há o acesso limitado ao ensino, principalmente em áreas rurais; gravidez precoce; crianças portadoras de necessidades especiais; violência e pobreza são problemas que impedem a frequência escolar.

Se voltarmos há quase uma década e verificarmos uma pesquisa de 2009 da Fundação Getúlio Vargas que indicava que 40,3% dos jovens estudantes de 15 a 17 anos tinham abandonado os estudos por falta de interesse entende-se que primeiramente devemos deixar a escola mais acolhedora, uma extensão de suas casas. Assim como qualquer outra pessoa, ninguém quer ficar em um lugar que não se sinta bem ou bem acolhido.

Desafios

Apesar das poucas melhorias na infraestrutura escolar ou da proposta do governo na reforma do Ensino Médio, prevendo o período integral e a opção do estudante em algumas áreas do conhecimento, o desafio inicial é motivá-lo a frequentar a escola, saber que o conteúdo que ele aprende é relevante para a sua vida.

O clima escolar é o que faz com que o aluno permaneça na sala. Aulas com a participação dos alunos, interagindo com a tecnologia (celulares), tão familiar para eles, são ferramentas importantes, liberando o professor para dar uma atenção maior aos estudantes.

Ações que promovam o prazer de estudar e a sua importância ao longo da vida, também devem vir acompanhadas de iniciativas focadas no desenvolvimento do professor, oferecendo a permanente formação continuada, que serão essenciais na batalha contra a evasão escolar.

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