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Foto: Prefeitura Municipal de Santos Foto: Prefeitura Municipal de Santos

Opiniões

09 DE ABRIL DE 2018

Destruir por destruir

Por: Da Redação

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Vandalismo, substantivo masculino, ação própria dos vândalos (‘povo’), que consiste em atacar produzindo ruína, devastação, destruição. O dicionário brasileiro explica muito bem.

O vandalismo é a ação de destruir ou danificar uma propriedade alheia de forma intencional, seja esta pública ou privada, geralmente sem motivo aparente ou com o propósito de causar ruína.

Essas ações, efetuadas por uma ou várias pessoas, tem se tornado cada vez mais corriqueiras.

Este comportamento era atribuído originalmente aos povos vândalos, pelos romanos, em relação a destruição cruel ou deterioração de qualquer coisa que viam pela frente.

Parece que esses resquícios ancestrais ainda perduram no ser humano e os atos de avacalhar o patrimônio alheio não param de aumentar em nosso país.

O vandalismo tem diversos tipos, como pichações, destruições de escolas, espaços de lazer e de esporte, parques e outros bens públicos.

O vândalo, além de bandido é burro, porque aquilo que ele destrói ainda lhe servirá ou para alguém próximo a ele.

Esse ato imbecil, atualmente, também rompeu fronteiras: vários internautas ou melhor, hackers, costumam gastar suas energias vandalizando páginas na internet e criando caos às pessoas.

Foto: Prefeitura Municipal de Santos

Contentor de lixo incendiado

Crime

De acordo com o artigo 163, do Código Penal brasileiro, vandalismo é crime e o autor do delito fica sujeito à prisão e multa por danos ao patrimônio público. A pena varia de seis meses a três anos de detenção, além das agravantes.

Vandalizar os bens públicos de Santos, como prédios e vias públicas, causou no ano passado um prejuízo aos cofres públicos calculado entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,3 milhão, de acordo com a Secretaria de Serviços Públicos (Seserp).

Não há dados relativos a 2016.

E os números mostram que a orla segue como o local preferido para a ação dos vândalos. Do total gasto em 2017, cerca de R$ 240 mil foram destinados para consertos na orla, seja de bancos, chuveiros e lava-pés ao longo dos 7 km, bem como dos banheiros nos postos de salvamento e nos quiosques, dentre outros.

Uma média de R$ 20 mil mensais para remediar problemas causados por falta de consciência das pessoas.

 

Educação

Ao contrário da opinião comum, muitos destes atos não são um problema de classe social, mas educacional, comportamental, fruto de uma profunda crise de valores, da impunidade, de uma descrença completa em princípios morais básicos, como o respeito e a solidariedade.

Trata-se de um problema que, somado a tantos outros fatores de violência, vem crescendo principalmente nas grandes cidades, aprimorando seus métodos e gerando mais selvageria num país já devastado pela criminalidade.

Todos nós somos passíveis de erros, iras momentâneas, mas demonstrar nossas frustações e tentar revelar desigualdades e injustiças proveniente de um estado desatento com as questões sociais é querer ser aliado de uma perversidade que afeta toda a sociedade.

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