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14 DE MAIO DE 2018

EDUCAÇÃO “À DISTÂNCIA”

Por: Da Redação

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“As crianças são o futuro da Nação”. Meus pais sempre disseram essa frase quando eu e minhas irmãs saíamos para estudar. Da parte deles, acredito que era um grande incentivo para seguir adquirindo conhecimento e, como eles sempre falavam “ser alguém na vida”.

Se pelo lado familiar o incentivo ao ensino é amplo e irrestrito, o mesmo não se pode dizer dos gestores públicos brasileiros, que, diferentemente dos nossos pais, que sempre apostaram em educação, optam em deixá-la para segundo plano, na contramão das metas de qualquer país que ambicione o desenvolvimento.

E os recentes dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) reforçam essa afirmação. Os investimentos do Ministério da Educação tiveram queda de 66% em cinco anos. E a necessidade de equilíbrio fiscal e regras estabelecidas como o teto de gastos, a tendência é que os aportes em educação não cresçam, nos próximos anos, na mesma proporção que avançaram desde a última década até 2013.

Desafios
Justificativas à parte, uma das grandes questões a ser debatidas são as prioridades de investimentos nas etapas educacionais. Atualmente, a União investe em todas as fases da educação, porém com a maior responsabilidade de gerir o ensino superior, enquanto os governos estaduais têm compromisso com o ensino médio e, os municípios, com educação infantil.

O Brasil é um dos países que menos gastam com alunos do ensino fundamental e médio, mas as despesas com estudantes universitários se assemelham às de países europeus, segundo dados de 2017, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Portanto, percebe-se que o que falta é planejamento e gestão. E não são poucos os desafios. A começar pelo aumento nos gastos por aluno do ensino fundamental e médio, considerados bem abaixo do montante considerado adequado mundialmente.

Pífio
O resultado disso é que o desempenho dos estudantes brasileiros, quando medidos em exames internacionais acaba sendo um dos piores do mundo. Não por menos, cerca de metade dos jovens de 15 a 17 anos não está matriculado no ensino médio, seja por evasão escolar ou falta de base educacional no ensino básico.

No Brasil, temos diferentes realidades – algumas universidades e cursos são seletivos, mas a grande maioria não é. De acordo com dados oficiais, menos de 10% dos alunos brasileiros teriam condições de acesso a um curso superior em países europeus e muito menos de 1% teria condições de concorrer às universidades norte-americanas de elite. Os dados do ENEM também confirmam essa situação.

Ou seja, o desafio da qualidade do Ensino Superior só começará a ser resolvido quando o País produzir egressos do Ensino Médio com um nível de aprendizagem adequado. Se é unânime que a educação pode ajudar a diminuir as taxas de desigualdade social e o progresso de uma nação, então que que possamos reforçar essa agenda já.

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