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Opiniões

20 DE NOVEMBRO DE 2018

Em defesa da Lei Rouanet

Por: Da Redação

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Durante o recém findo processo eleitoral, tive a constatação, mais uma vez, de que para algumas pessoas vale mais seu egoísmo, suas vaidades e seus interesses pessoais, que o bem da sociedade como um todo.

E nessa lida da velha prática da farinha pouca, meu pirão primeiro, muitas “amizades” foram para o espaço. Comigo aconteceu um fato interessante. Um cidadão que conheci nos anos 70, e que por meio do meu trabalho e de outros companheiros conseguiu uma bolsa de estudos para a Escola de Arte Dramática da USP, graças também ao seu talento, é hoje um dos destaques da Globo.

Pois bem. Esse cidadão que milita no PT, o que para mim não quer dizer nada, sempre manteve um grau de amizade comigo. Certo dia compartilhei uma pesquisa feita para o mercado financeiro, e ele, que nunca havia antes me dado o prazer de sua visita na minha página do Facebook, entrou para dizer que era uma “vergonha” eu postar os dados da pesquisa. Hoje sei porque da sua idiotice.

Pesquisando os aquinhoados pela Lei Rouanet, encontro lá quatro aprovações em seu nome, num total de R$ 3.015.888,90.

Para qualquer um poderia ser um motivo de sair gritando pelo fim dessa lei de incentivos.

Não é o meu caso. Sempre fui um incentivador de sua aplicação dentro dos princípios básicos pelos quais foi elaborada e aprovada durante o governo Collor. (…)

A Lei Rouanet, dentro dos princípios que a criaram, é um ótimo instrumento para garantir o amparo ao folclore nacional, aos grupos artísticos do interior dos estados brasileiros, na reconstrução de prédios históricos e outros itens de grande valia na construção e manutenção da cidadania nacional. (…)

Simplesmente liquidar a Lei Rouanet é cometer um crime contra a cultura nacional, e um atentado à cidadania brasileira.
Da mesma forma a investida que se pretende com relação aos recursos para o Sistema S.

Para quem desconhece, o Sistema S configura o grupamento formado pelo SESC, SESI e SENAI. Se alguma coisa funciona neste país, é exatamente o trabalho desenvolvido por estas entidades, nos campos da educação, da cultura, do esporte e do social. (…)

Os membros da equipe econômica do presidente recém-eleito, deveriam falar menos e procurar mais formas de solucionar nossos problemas sem atentar contra aquilo que está funcionando, como é o caso dessas instituições acima mencionadas, cujo trabalho no Estado de São Paulo é primoroso, e merece ser cada vez mais incentivado, e tornado exemplo para todo o País.

Até entendo o desespero das pessoas escaladas para colocar ordem na economia brasileira, mas um pouco de bom senso e um estudo acurado de quem é quem neste cabaré em que o País foi transformado vai exigir muita paciência e objetividade.

Voltando ao meu “amigo” que resolveu me censurar no Facebook, esclareço que não respondi a provocação.

Pelo contrário.

Recrio em meus pensamentos, o desespero que o acomete e a outros oportunistas aproveitadores, com a certeza de que vai perder a teta em que foi transformada a Lei Rouanet.

É só aplicá-la em seus princípios básicos.

E fim de papo.

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