Expurgo eleitoral | Boqnews
Foto: Divulgação Desequilíbrio de gênero

Opiniões

15 DE OUTUBRO DE 2018

Expurgo eleitoral

Por: Da Redação

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“Quando a mente muda, a gente anda pra frente.

E quando a gente manda ninguém manda na gente.

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.

Na mudança de postura a gente fica mais seguro.

Na mudança do presente a gente molda o futuro!”

 

A letra da música-protesto Até Quando?, do cantor Gabriel, O Pensador, serviu de inspiração para a notável atitude da grande maioria dos brasileiros nessas eleições, principalmente na escolha dos representantes para o legislativo federal.

A disputa à presidência da República só será definida no dia 28, entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, em uma eleição das mais intensas no mundo virtual.

Pior para o eleitor brasileiro, mais uma vez em meio a uma enxurrada de desinformações nas redes sociais e notícias via whatsapp, como imagens, áudios com teorias conspiratórias, fotos manipuladas e pesquisas falsas.

 

Desequilíbrio de gênero

Esperança

O fato é que as eleições deste ano para o Congresso e Senado Federal nos deram um “sopro de esperança”, com a perda de mandato de muitas raposas e a redução de forças políticas de partidos que deram sustentação a muitos governos medíocres, principalmente nos últimos anos.

O Senado teve um dos maiores índices de renovação de sua história nas eleições, com 85%. Já a taxa de renovação na Câmara Federal superou as expectativas e alcançou 43%.

A falta de credibilidade com os políticos, tendência que já apontava nos resultados das eleições municipais de 2016, se confirmaram ainda mais neste ano e fez com que o eleitor promovesse uma renovação nos quadros do Legislativo Nacional.

Embora haja uma pulverização de líderes partidários, que pode criar dificuldades para a aprovação de projetos nas casas legislativas, induz-se que os novos representantes devem se debruçar em promover uma verdadeira reforma eleitoral para expurgar “tudo de ruim” que ainda existe lá dentro.

 

Perfil

Segundo cientistas políticos, as mudanças no perfil do eleitorado também afetaram o resultado das eleições.

É que de 2002 para cá, houve alterações no perfil do eleitorado brasileiro.

Assim, em dados gerais, após 16 anos, os eleitores têm maior escolaridade, estão mais velhos (conservadores) e moram em cidades grandes, com mais de 100 mil habitantes.

A maior porcentagem do eleitorado dizia que não votaria por considerar todo mundo corrupto.

Supõe-se, portanto, que os que têm mais escolaridade tiveram cuidado em examinar os candidatos e decidir em qual deles – os fichas limpas – iria votar, apontam especialistas políticos.

Além disso, a abstenção atingiu 20,3%, maior percentual desde 1998, ou seja, quase 30 milhões de eleitores não compareceram para votar.

O recado foi dado nas urnas: o comprometimento com os anseios da população deve ser prioridade dos novos representantes, pois somente um legislativo bem renovado será capaz de realizar as principais e tão necessárias reformas que o brasileiro tanto clama.

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