A fotografia não é obra de um só autor. Ao longo de centenas de anos, ela tem sido resultado de um processo de tentativas e avanços. O homem busca fixar na imagem suas memórias e a história de seus antepassados, além de outras pessoas, animais, lugares e situações. E procura exercitar esse registro no próprio momento dos fatos.
Não importa em que equipamento a imagem é fixada, se em câmera com suporte em negativo, digital, via celular ou tablet. Ela será a história do breve instante em que for clicada.
Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833), conhecido como Niépce, produziu em 1826 a primeira imagem e chamou-a de héliographie. Pouco se sabe sobre o processo dessa descoberta, pois ele achava que todos queriam roubar-lhe o invento e o manteve em segredo.
Nessa criação, ele estabelece o princípio da câmera escura, usada pelos artistas desde a segunda década do século 14. O pintor Louis Jacques Mande Daguerre (1787-1851) aprimorou a invenção após o falecimento de Niépce e deu-lhe o nome de daguerreótipo.
Não se pode esquecer que, nesse período, havia um francês chamado Antoine Hercule Romuald Florence (1804-1879) vivendo no Brasil, na antiga Vila de São Carlos, atual cidade de Campinas. Seus experimentos para a fixação da imagem o levaram a resultados melhores (desenvolveu negativos) do que Daguerre. Ele foi considerado o verdadeiro pai da palavra “photographie”, só não recebendo reconhecimento na época. O professor Boris Kossoy foi o responsável por esse resgate da história.
A fotografia foi levada ao mundo por Paris, na Academia de Ciências da França, e a partir daí houve o reconhecimento do Daguerreótipo. Em 19 de agosto de 1839, a foto torna-se a grande responsável por aproximar as pessoas, países e mostrar ao mundo imagens e momentos repletos de emoções.