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Opiniões

15 DE SETEMBRO DE 2014

Interpretações variadas

Por: Fernando De Maria

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As pesquisas eleitorais pautam as campanhas dos candidatos. Infelizmente. O ideal é que houvesse mais espaço para a discussão das propostas do que a simples divulgação deste mar de números. Mas daí culpá-las pela má performance de alguns soa descabido.

Afinal, a cada novo levantamento divulgado, há uma movimentação clara favorável ou contrária aos candidatos. Os recursos nas campanhas descem ou sobem de acordo com elas.

Seus adversários defendem ainda mais restrições alegando que elas influenciam o eleitorado. Mas, na realidade, elas não seriam apenas o reflexo do que a população deseja?

Pesquisas são como nuvens. Elas mudam de acordo com fatos novos que surgem ao longo das campanhas. Mostram tendências que serão confirmadas na abertura das urnas, comprovando ou não a seriedade de um instituto. Casos não faltam para ilustrar.

Portanto, os números divulgados na pesquisa publicada na semana passada pelo Boqnews mostram uma tendência registrada até aquele momento. Hoje, o cenário já pode ter mudado. E assim por diante.

No entanto, a despeito da descrença de alguns, os resultados são coerentes. Por exemplo, Marina Silva (PSDB) liderava na ocasião na Baixada com 35,2%, seguida por Dilma Rousseff (PT), com 19,8%, e Aécio Neves, com 15,9%.

O Datafolha realizou pesquisa no Estado de São Paulo praticamente no mesmo período (2 e 3 de setembro) e apontou números próximos aos divulgados em âmbito regional, com 42% das intenções de votos para Marina, seguido por Dilma, com 23%, e Aécio, 18%. Portanto, a Baixada Santista segue a tendência estadual. O mesmo ocorre em relação ao Senado, com a polarização Serra-Suplicy.

Situação idêntica ocorre a liderança do governador Geraldo Alckmin, que vence em todas as cidades da região e navega com relativa tranquilidade. Somando os votos válidos (excluindo os brancos, nulos e indecisos) sua performance atinge 52% do eleitorado, índice próximo ao obtido na eleição de 2010 em âmbito regional, quando chegou a 49% dos votos válidos (média estadual de 50,63%).

As variações percentuais por cidades em uma pesquisa metropolitana não podem ser comparadas com outros levantamentos específicos em uma única localidade. Afinal, os números de uma amostra regional diferem se forem feitos exclusivamente em um município, variando o total de entrevistas e, é claro, a margem de erro. São fotografias diferentes e se interpretadas como algo único induzem a interpretações equivocadas.

O que é possível afirmar apenas é que existem tendências. Por exemplo, sua performance é menor nas cidades administradas pelo seu partido, o PSDB, como Santos, Praia Grande e Itanhaém, com 27,4%, 32,7% e 32,8%, respectivamente, menos que os 33% obtidos na região como um todo.

Quanto aos deputados, os que são mais lembrados levam ligeira vantagem dentro do mar de indecisos, o que não representa, porém, eleição garantida. E vice-versa. A única certeza é que o tempo está cada vez mais curto para ampliar ou reverter tais tendências. Só.

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