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Opiniões

06 DE MARÇO DE 2019

O fantasma do desemprego

Por: Humberto Challoub

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A mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE, revelou que a taxa de desemprego no Brasil voltou a crescer em janeiro, mês em que 12,7 milhões de brasileiros estavam sem emprego, o equivalente a 12% da população apta para trabalhar.

É o maior número de desocupados registrado desde agosto do ano passado, confirmando a grande dificuldade que o País está enfrentando para manter e elevar a oferta de empregos em diversos setores da economia.

Como sempre, as populações mais pobres e sem qualificação profissional sofrem com a retração das atividades econômicas, sendo obrigadas a optar pelo subemprego e oportunidades sazonais.

É preciso que se reconheça que as políticas públicas disponibilizam poucos mecanismos definitivos de valorização da capacidade produtiva desse grande contingente populacional, que ainda vive em condições precárias.

Nesse sentido, a expectativa em relação ao novo Governo que ora se inicia é que dedique mais empenho na formulação de políticas dirigidas à criação de frentes de trabalho para o aproveitamento dessa mão de obra ociosa, especialmente em áreas que não exigem níveis elevados de especialização profissional.

Enfatizar, nesse momento, a geração de renda por meio da ocupação de trabalhadores em projetos voltados à melhoria das condições de vida da população, como habitação, saneamento e infraestrutura urbana, é de fundamental importância e, por isso, deve estar entre as principais prioridades das autoridades públicas.

Torna-se ainda necessário acelerar a implantação de estímulos à iniciativa privada, especialmente com medidas que visem desonerar custos trabalhistas para ampliar o número de vagas nos mais diversos segmentos da atividade produtiva.

Propiciar o aumento das oportunidades no mercado de trabalho resultará no fortalecimento da economia interna e, como consequência, na redução da grande distância que separa os poucos ricos dos muitos pobres brasileiros.

Igualmente relevante estreitar parcerias com estados e, sobretudo, com os municípios, propiciando conhecer melhor as demandas e realidades das comunidades a serem atendidas, inúmeras famílias que desejam menos complacência e mais dignidade.

A sociedade brasileira não quer retóricas populistas, mas sim a geração e distribuição de renda por meio da atividade produtiva, com ações efetivas de capacitação, qualificação profissional e fomento às pesquisas tecnológicas, sem o quê dificilmente será possível construir uma nação moderna e justa com seus habitantes.

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