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Opiniões

25 DE JUNHO DE 2017

Pedra no sapato

Por: Da Redação

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“Internei meu filho em uma clínica, mas ele ficou poucos dias. Saiu e voltou a usar”.
“Milha filha sai, fica três dias fora de casa e volta toda destroçada. Não vou abandoná-la, sei que é uma doença e precisa de ajuda.”

Os relatos acima são verdadeiros, de casos distintos que envolvem o uso do crack. Entretanto, são narrativas que tem muito em comum, de famílias destroçadas por essa droga que vem avançando como nunca em nosso país.

Centenas de jovens estão condenados a morrer precocemente, dominados pelo crack. Especialistas afirmam que, além de ser tóxico para o cérebro, o crack traz muitos outros danos. E quando o consumo é na infância e adolescência, o estrago é mais devastador.

Segundo estimativas, existem 370 mil usuários de crack nas capitais brasileiras. Popularmente conhecida como pedra, é resultante da mistura de cocaína e outros produtos químicos, transformado em grãos que são fumados em cachimbos.

Avanço

A droga surgiu na década de 1980, é cinco vezes mais potente que a cocaína e tem o poder de viciar muito mais rápido do que qualquer outra. Além disso, o crack também é infinitamente mais barato. Por isso, a oferta é maior e os usuários têm maior acesso.

E o crack não para de avançar por São Paulo. Dos 645 municípios do Estado, pelo menos 558, incluindo a capital, enfrentam problemas relacionados à droga, conforme mapeamento do Observatório do Crack, da Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Recentemente, os casos de dependência da substância voltaram aos noticiários do país, quando forças policiais fizeram uma operação para dispersar os usuários da área central de São Paulo, mais conhecida como cracolândia.

Ações

A estratégia, segundo a Prefeitura da Capital, era espalhar os viciados para facilitar a abordagem dos agentes de saúde e o encaminhamento para tratamento, separando-os de traficantes.

Após essa operação, outras se sucederam, bem como surgiram as grandes discussões jurídicas que envolvem as ações de combate a droga, tais como a internação compulsória ou voluntária, encaminhamentos dos dependentes na rede assistencial e criação de áreas públicas controladas para o seu uso.

Certo ou errado, acionou-se o sinal amarelo para as discussões e a implantação de verdadeiras políticas anti-drogas, como aconteceu em outras nações, como Portugal e Alemanha.

Nesses países, boas iniciativas se destacaram na busca para diminuir o problema, como aconselhamento, terapia psicossocial e familiar, experiências essas que aqui vem sendo analisadas com cautela pelos especialistas, pois cada nação tem suas especificidades social, cultural e econômica.

A mudança de conceitos e a organização da sociedade brasileira em relação ao combate às drogas serão, portanto, alguns desses caminhos. Superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade por parte da pessoa e apoio da família. Desistir, porém, jamais!.

Tendência

Santos não foge dessa realidade nacional e segue no mesmo ritmo, gerando um número cada vez maior de micro e pequenas empresas. No primeiro trimestre deste ano, 935 foram abertas no município, quantidade 11% superior à registrada em 2016 (843) no mesmo período.

O setor que mais apresentou novos empreendimentos foi o de preparação de documentos (despacho de correspondência, dentre outros), com 51 aberturas, seguido de serviços de cabeleireiro (40).

Segundo a Secretaria de Finanças (Sefin), o aumento é decorrente de recentes mudanças no mercado de trabalho, em que brasileiro está buscando variar as fontes de renda para superar a recessão econômica dos últimos três anos, principalmente por meio do empreendedorismo individual.

Quem deseja abrir uma nova empresa na Cidade conta, desde 2014, com a Sala do Empreendedor, que, neste período reduziu o tempo médio da abertura de empresas de baixo risco de até um ano para oito dias.

O brasileiro, em tempos ruins, descobriu que ele próprio é o seu melhor investimento.

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