Sabotadores públicos | Boqnews

Opiniões

12 DE DEZEMBRO DE 2018

Sabotadores públicos

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

A corrupção é um mal social.

Ela solapa a legitimidade das instituições públicas e atenta contra a sociedade, a ordem moral, a harmonia, a justiça e o desenvolvimento da população.

Destrói esperanças, mata as pessoas na porta dos hospitais que não podem ser atendidas por não haver infraestrutura adequada.

Acaba com o sonho de jovens que querem frequentar uma universidade pública, mas não podem porque os recursos públicos não chegam.

A corrupção desestimula, reduz o crescimento, a geração de empregos e a renda das pessoas, além de fomentar a criminalidade, com milhares de jovens sem perspectiva social.

Escárnio

A corrupção acontece em países de todo o mundo, mas no Brasil esse problema supera qualquer um.

E um exemplo disso é o que acontece com o estado do Rio de Janeiro, vítima maior dessa enfermidade crônica que consome o Estado e tira a dignidade das pessoas.

Com a prisão de Luiz Fernando Pezão na semana passada, todos os governadores eleitos do Rio de Janeiro nos últimos 20 anos foram ou estão presos.

A lista inclui ainda Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral.

Além dos governadores, todos os presidentes da Alerj (Assembleia Legislativa) de 1995 a 2017 estão na cadeia.

Pezão é acusado de ter sucedido o ex-governador Sérgio Cabral em um esquema de corrupção na administração estadual, num esquema em que recebeu mais de R$ 25 milhões, em espécie, entre 2007 e 2015, em propina.

Ao todo, foram mais de R$ 200 bilhões que o Rio de Janeiro deixou de arrecadar em impostos nos últimos seis anos.

Atento

Em São Paulo, o Ministério Público, firmou um acordo com o Grupo CCR, que tem concessão de de rodovias no Estado, para o ressarcimento de R$ 81,5 milhões aos cofres públicos.

O grupo admitiu ter pago caixa 2 de ao menos R$ 30 milhões para campanhas eleitorais de ex-governadores e deputados de São Paulo.

Pelo menos 15 políticos são citados no termo, denominado Auto Composição para Ato de Improbidade, chamado pelos promotores como “o começo de uma grande investigação contra políticos”.

E você, caro leitor? Não sabe reagir à falta de ética de muitos políticos que os representam no Congresso, nos estados ou municípios, e sejam descarados sabotadores do dinheiro público?

Não se incomoda com o decreto de indulto do presidente Temer, que em vez de tratar a corrupção como crime hediondo, reduziu para um quinto o período de cumprimento de pena para detentos por crimes sem violência – afrouxando as regras para condenados por corrupção?

A tecnologia nos ajuda, cada vez mais, a entender que esta chaga está ligada a vários problemas não resolvidos no Brasil.

Vamos, então, agir e nos mobilizar para uma renovação de valores morais e uma cidadania ativa para que isso não se perpetue mais. Porque a conta final será toda nossa.

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.