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18 DE JANEIRO DE 2018

Temer e o Porto de Santos

Por: Fernando De Maria

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Presidente Temer: relação com o porto de Santos é alvo de polêmicas

Quem tem uma certa intimidade ou conhecimento sobre o porto de Santos sempre ouviu dizer da influência que o então deputado e atual presidente Michel Temer exerce sobre o setor.

Eram informações nunca confirmadas, mas as suspeitas sempre existiram.

Houve até candidato peemedebista que se gabava da força do político junto às empresas portuárias para garantir recursos em campanhas eleitorais.

Tudo, porém, sem provas.

No entanto, alguns indicadores atuais mostram que os boatos de outrora tem fundo de verdade.

Na última semana, o ex-assessor da Presidência da República Rodrigo Rocha Loures – o homem filmado correndo com uma mala de R$ 500 mil e que hoje cumpre apenas prisão domiciliar – afirmou em depoimento à Polícia Federal em novembro passado e divulgado agora, que sua relação com o presidente não era de amizade, mas “ profissional, respeitosa, administrativa e funcional”.

Ele afirmou que não recebeu dinheiro para trabalhar por interesses privados na aprovação do Decreto dos Portos.

Loures foi ouvido no inquérito que apura suposto pagamento de propina de empresa portuária ao presidente Temer.

O ministro Luis Roberto Barrosso, do Supremo Tribunal Federal, é o relator do inquérito que investiga se a empresa Rodrimar foi beneficiada pelo decreto assinado pelo presidente em maio passado, que ampliou de 25 para 35 anos as concessões para o setor, prorrogáveis por até 70 anos.

A empresa nega qualquer benefício.

Codesp x Libra

Outro caso que assombra o presidente, conforme manchete publicada na última edição da revista Carta Capital, é o julgamento que ocorrerá no centro de arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, em São Paulo, envolvendo a Codesp e o grupo Libra.

Na mesa, R$ 2,786 bilhões cobrados pela Codesp da empresa por um litígio que se arrasta há duas décadas, quando a Libra obteve a concessão do Terminal 35 inicialmente, incorporando depois os terminais vizinhos, onde a empresa ofereceu valores bem acima do mercado para conseguir se instalar no cais santista – mais que o dobro da proposta da segunda colocada, a Transbrasa.

No entanto, alegando falta de cumprimento contratual, a Libra acabou não pagando os valores devidos pela locação das áreas à Codesp ao longo deste período.

Resultado: após quase duas décadas, o assunto será definido no próximo dia 30, quando sairá a decisão sobre a pendenga.

Tudo indica que a vitória da administradora portuária é certa.

A dúvida paira nos valores a serem cobrados e como isso será feito.

Conforme a revista, um eventual abatimento da dívida poderá irrigar contas de campanhas eleitorais em forma de pessoas físicas.

Como neste País tudo é possível, tal hipótese não pode ser descartada.

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