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Opiniões

16 DE JULHO DE 2018

Vocação para o agronegócio

Por: Humberto Challoub

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A demonstração de força do agronegócio brasileiro, que no ano passado respondeu por 44% das exportações nacionais, torna evidente a necessidade de o setor figurar com destaque nas políticas de desenvolvimento que o País prepara para as próximas décadas.

Mesmo não obtendo valores maiores na venda de produtos ao exterior, especialmente em razão da crise financeira internacional, são cada vez maiores as quantidades de produtos brasileiros embarcadas, o que denota a consolidação e conquista de novos mercados consumidores.

Mesmo enfrentando as restrições em alguns continentes, a maioria de ordem sanitária e fitossanitária, o Brasil já fornece produtos alimentícios a mais de180 países, um mercado que ainda pode ser ampliado e que nos últimos anos garantiu resultados positivos à balança comercial brasileira.

A China segue como principal destino das exportações dos produtos do agronegócio brasileiro e tem aumentado sua participação nos últimos anos, assegurando boas perspectivas para o futuro.

Ressalte-se que, além da evidente melhoria dos processos de produção e qualidade dos produtos ofertados, o País tem evoluído nas pesquisas e no emprego de novas tecnologias no campo, o que permite ampliar demandas pelas mercadorias nacionais, especialmente carnes bovinas e suínas, soja, produtos lácteos e frutas.

Potência agrícola, o Brasil depende do agronegócio, setor que tem sido um dos pilares da economia brasileira. Foto: Pixabay / Divulgação

Mecanização

Impulsionado pela mecanização, o crescimento do agronegócio, no entanto, ainda não representou a melhoria das condições de vida das populações do campo, que enfrentam os conflitos resultantes da disputa pela terra.

Nesse sentido, é de se esperar que o setor, que se revela cada vez mais essencial para o desenvolvimento econômico e social do País, mereça por parte dos candidatos à Presidência a atenção devida e propostas consistentes para a criação de uma política de apoio aos produtores, estímulos aos pequenos proprietários rurais e às cooperativas de trabalhadores, de forma a criar novos paradigmas à produção nacional.

Mais do que gerar divisas ao País, lucros aos grandes fazendeiros e saldos favoráveis à balança comercial, o setor de agropecuária é, sem dúvida, a via de acesso mais viável para servir como instrumento para geração de empregos e de inclusão social.

Assim, o projeto de reforma agrária, que até hoje serviu apenas para enriquecer retóricas eleitorais e à promoção de pseudo lideranças e sindicatos de caráter duvidoso, deveria fazer parte das políticas de fomento ao aumento da produção nacional, com a integração dos empresários do setor, cooperativas e entidades de trabalhadores interessadas em transformar a realidade do campo por meio do trabalho efetivo.

Afinal, se já sabemos produzir riquezas, agora é hora de aprendermos a melhor distribuí-las.

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