A Copa do Mundo Rússia 2018 chegou ao fim para a o Brasil. Os atletas comandados pelo técnico Tite lutaram. Entretanto, não conseguiram passar pela forte Bélgica.
Essa foi a segunda vez na história que os “Diabos Vermelhos”, como são chamados, derrotaram a Seleção. Porém, em Copas do Mundo foi a primeira.
Com isso, os atletas seguem para a próxima fase e enfrentarão a França na próxima terça, às 15 horas.
Com a volta para casa antecipada, o sonho do hexacampeonato fica para 2022, quando a próxima Copa do Mundo será realizada no Catar, em 2022, excepcionalmente, a partir de 21 de novembro, em razão do forte calor no país durante os tradicionais meses de junho e julho.
Estilo Tite
Após o fatídico 7 a 1 sofrido para a Alemanha, a Seleção passou por mudanças na comissão técnica.
Além dos escândalos de corrupção causados por seus presidentes.
Adenor Leonardo Bachi, ou Tite como é mais conhecido, assumiu a amarelinha e comandou a volta por cima do futebol pentacampeão.
Entretanto, antes de assumir o Brasil, Tite recusou de primeiro momento assumir a Seleção.
Tudo por causa das campanhas ruins que o Brasil havia feito na Copa América e nas Eliminatórias.
Contudo, aceitou a proposta para ser o novo técnico e, assim, comandou o esquadrão brasileiro até às quartas de finais da Copa, encerrada na sexta (6).
A tendência, porém, é ele permanecer no cargo.
A estrutura defensiva sólida, transformou o sistema de jogo de Tite em peça fundamental para a reestruturação.
Dos 26 jogos no comando do treinador, a Seleção foi vazada apenas em oito oportunidades.
Na partida contra a Bélgica foi a primeira vez que o Brasil foi vazado por mais de duas vezes no comando do treinador.
Para o jornalista esportivo, Luiz Ademar Júnior, o técnico Tite conseguiu montar um elenco forte e não dependente de Neymar.
“A Seleção anterior, com Dunga no comando, era mal convocada e bagunçada taticamente. Com Tite, o Marcelo, por exemplo, voltou para lateral. Casemiro passou a ser o volante titular. E o time passou a funcionar em todos os setores, em especial no sistema defensivo”, ressaltou.
Em sua primeira partida com a Seleção, Tite, recuperou a vontade dos jogadores, e mostrou o poder defensivo sólido na vitória contra o Equador por 3 a 0.
Característica defensiva que o treinador não abandonou após a saída do Corinthians.
“Os volantes protegem muito a zaga. E os laterais alternam o apoio ao ataque, para sempre um deles estar marcando no contra-ataque do adversário. É o estilo de jogo do Tite, que resultou em muitos títulos em clubes”, analisou.
Em relação ao termo “empatite”, onde ficou conhecido no clube paulista, Ademar salientou que a denominação ficará no passado devido ao jogadores mais habilidosos que tem para trabalhar.
Eliminados
No entanto, a sólida defesa não conseguiu evitar a derrota. Afinal, o Brasil não suportou o forte poderio do ataque e no primeiro tempo sofreu, pela primeira vez, dois gols em uma partida.
Com muitos erros de passe e finalizações erradas, a seleção não conseguiu furar o forte esquema defensivo belga e terminou o primeiro tempo em desvantagem.
Antes de sofrer os gols, a Seleção conseguiu acertar a trave com Thiago Silva.
No segundo tempo, o Brasil se jogou para o ataque. Conseguiu perfurar a forte zaga belga e descontou com Renato Augusto.
Entretanto, o gol não foi o suficiente para o time brasileiro classificar.
Apoio incondicional
O Núcleo BR é uma das mais novas torcidas que apóiam a seleção canarinho. O diretor-fundador da torcida, Carlos Madeira, havia dito que a expectativa para o hexa era grande. Ainda comentou que nesta segunda-feira (9) será o aniversário da torcida.
“Estávamos nos reunindo, mas, infelizmente, 90% da pessoas que compõem o Núcleo não conseguiram comparecer por causa dos trabalhos em horários dos jogos matutino”, disse.
Além disso, há três torcedores do grupo na Rússia. Contudo, há apenas uma bandeira representando o Núcleo.
Carlos enfatiza que eles estão em constante evolução desde o surgimento em 2013. Porém, em relação aos moldes das torcidas de hoje, o Núcleo ainda pode ser considerado de pequeno porte.
Dificuldades
O jornalista esportivo Luiz Ademar Júnior relatou também que existiria algumas dificuldades em relação a partida da semifinal contra a França.
“Muitos jogadores jogam juntos, como Neymar, Thiago Silva e Marquinhos, que conhecem e admiram o Mbappé, Areola e o Kimpembe, todos do PSG”, salientou.
Além disso, Ademar ressalta que mesmo passando pela Bélgica, a França seria o maior desafio. Afinal, nos últimos confrontos entre ambas as seleções pelas copas, a França venceu em todas (1986, 1998 e 2006).
Apostas
Em épocas de Copa, além da cobertura dos jogos é normal haver bolões entre amigos e famílias para apostar no futuro campeão do Mundial.
Devido a isso, o professor universitário Fernando Cláudio Peel realiza bolões com os amigos há 12 anos.
Segundo ele, o último bolão, realizado em 2014, contou com a participação de 30 pessoas.
Entretanto, para a Copa da Rússia, o número caiu drasticamente. “Neste ano estão concorrendo apenas 12 participantes, quer dizer, dois terços das pessoas não concorreram”, relatou.
A inscrição do bolão ficou em R$ 50, valor igual ao de 2014. Em relação a isso, Peel relatou que o que pode ter ocasionado a queda nas participações foram a crise e a postergação dos interessados.
“Muitos disseram que pagariam depois e foram adiando. Com isso, não podia participar após o início do Mundial”, finalizou.