A Baixada Santista estará desfalcada no Campeonato Paulista da Segunda Divisão (equivalente à quarta divisão). Por problemas diversos, São Vicente Atlético Clube e a Associação Desportiva Guarujá (ADG) não participarão do torneio, que conta com a presença da Portuguesa Santista e Jabaquara e começará no dia 18 de abril.
O caso guarujaense chama a atenção pelo fato de o Estádio Antônio Fernandes ter passado por reformas no ano passado, com investimentos públicos de R$ 12 milhões do Governo do Estado de São Paulo e R$ 4,5 milhões do Ministério do Esporte visando a Copa do Mundo. Como resultado, a cidade recebeu a seleção da Bósnia, no ano passado.
Por problemas em laudos solicitados pela Federação Paulista de Futebol e a falta de um para-raio, a praça de esportes não ficou apta a receber partidas da competição. O prazo limite para a inscrição de times esgotou no último dia 11 de fevereiro.
A Prefeitura do Guarujá afirmou, em nota, que o Estádio Antônio Fernandes está em fase final de acabamento e aguarda o repasse final das verbas do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (DADE) para dar prosseguimento às obras. A pasta também esclarece que conquistou junto a Agência Metropolitana(AGEM) a verba para a aquisição do para-raio especificado pela Federação Paulista de Futebol e, em breve, providenciará a compra do mesmo. O local, porém, será liberado somente com o término da obra.
A Secretaria de Esporte e Lazer de Guarujá garante que possui o AVCB (laudo do Corpo de Bombeiros) e o laudo da vigilância sanitária, no entanto ainda falta pequens intervenções. “Com relação ao laudo de segurança, algumas adaptações na rampa de acesso, como a instalação de iluminação no local, precisam ser feitas. As mudanças já estão sendo viabilizadas para que, em breve, consiga mais esta liberação”, diz a nota.
O caso do São Vicente Atlético Clube é semelhante. Seu estádio, o Mansueto Pierotti, não possui condições para abrigar competições oficiais. Eram necessárias intervenções na arquibancada de alvenaria e nos vestiários – que estão em péssimas condições -, no setor para visitantes, que era em arquibancada móvel, o que agora é proibido, e no gramado, que está em péssimas condições.
O administrador do Clube, Marcos Martiniano, lamentou o fato.”Hoje não temos verba para fazer essas obras. Sem essa intervenções, conseguiremos o AVCB e laudos de segurança. Se existissem outros estádios aqui, como em Santos, seria possível nossa participação, porém só existe o nosso”.
Sobre o futuro, Martiniano demonstra esperança. “Buscamos parcerias junto à iniciativa privada para obter recursos para as obras. Também estamos fechando contrato com uma empresa de marketing, para buscarmos formas de fortalecer o clube”.