Arte secular, presépios representam a simbologia do Natal | Boqnews
Foto: Nando Santos

Exposição no Valongo

22 DE DEZEMBRO DE 2017

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Arte secular, presépios representam a simbologia do Natal

No Valongo, público pode conferir 35 modelos da 24ª Exposição Internacional de Presépios, que reúne trabalhos produzidos em Santos e região, mas também do exterior.

Por: Da Redação

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Público se encanta com a qualidade dos trabalhos expostos. Exposição gratuita prossegue até 28 de janeiro. Fotos: Nando Santos

 

O local não poderia ser mais adequado: o Santuário de Santo Antônio do Valongo, de 1640.

Anexa à edificação secular está a Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, construída 51 anos depois, onde está a imagem de São Francisco.

A igreja é parada obrigatória para quem visita o Centro Histórico e o Valongo.

E qual a relação entre São Francisco e os presépios?

Foi em 1223 que São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de uma forma diferente.

Ele quis ensinar à população de Greccio, na Itália, onde pregava, sobre a importância da data aos cristãos.

Então, ele montou o presépio dentro de uma gruta em um bosque próximo, com representações de argila, em tamanho natural, de Jesus e seus pais, Maria e José.

Além disso, um boi e um burro (de verdade!) fizeram parte do primeiro presépio da história.

Até o século 18, a tradição se limitava às igrejas, mas aos poucos se espalhou pela sociedade católica.

E assim chegamos ao século 21, especialmente ao Santuário do Valongo, em Santos, no litoral paulista.

É neste local histórico onde ocorre a 24ª edição da Exposição Internacional de Presépios.

O evento reúne 35 obras criadas por artistas, artesãos e colaboradores.

São peças produzidas em Santos, mas também em outras localidades do País e do exterior.

Entre os países estrangeiros representados estão a República Checa, Malta, Angola, Ilha da Madeira (Portugal), Colômbia, Bolívia e Panamá.

 

Criador dos presépios no século 13, imagem de São Francisco de Assis em MDF recepciona o público

Visitação gratuita

Logo na entrada – que é gratuita – o público se depara com uma bela imagem de São Francisco.

Trata-se de uma das peças de MDF vazado criadas pelo artista plástico Anderson Oliveira Camargo.

O material produzido introduz o público à sala principal onde foram montados os 35 presépios, de 27 expositores.

Animado com a frequência de turistas e moradores da Baixada Santista, frei João Pereira Lopes, coordenador do santuário, se considera um privilegiado.

Afinal, participou de toda a organização da exposição e ainda contribuiu diretamente na montagem de cinco presépios, algo que aprendeu a fazer na sua juventude.

Freis João Pereira Lopes (à esq) e Canga Manuel Mazoa, de Angola, estão à frente da exposição no Santuário do Valongo

 

“Sinto-me realizado”, diz o frei em razão desta já tradicional exposição ocorrer justamente em uma igreja franciscana.

Foram quase 30 dias de preparativos que antecedem o início da mostra.

O trabalho contou com a participação de cerca de 40 pessoas entre expositores, eletricistas e demais profissionais.

O público vai se deparar com trabalhos realizados com resina, folhas secas, tecidos, MDF, porcelana.

E ainda: metal, plásticos, barro cozido, vidros entre outros elementos usados para celebrar o nascimento de Cristo.

“Nunca tinha visto algo do gênero”, relata a analista de sistema, Laira Adrielle Luciano, 26 anos, moradora de Jaú, no interior paulista, encantada com as peças expostas.

 

Carreteis, panos e criatividade não faltaram ao presépio do alfaiate José Martins de Barros, que usou os seus equipamentos de trabalho para prestar homenagem ao Menino Jesus.

Criatividade

Criatividade não falta na sala onde os presépios podem ser contemplados, filmados e fotografados.

Há o trabalho do alfaiate José Martins de Barros, que usou carretéis e tecidos para montar o seu presépio de forma diferenciada.

Ou a obra do artista Wilson Cesar, que recriou o trecho do Aquário, na Ponta da Praia, como o novo local do nascimento do Salvador.

Sem esquecer, os origamis do Grupo Orisampa.

Ou os coloridos fantoches.

Ou ainda as belas peças angolanas, onde o Menino Jesus é  negro, como o povo angolano, bem diferente dos modelos tradicionais da cultura europeia, de uma criança de olhos azuis e pele clara.

Há até presépio feito com chocolate, onde bombons e granulado fazem parte do cenário.

Ou da escola de samba X-9, a nova vizinha do Santuário.

Ela montou o seu espaço para mostrar o enredo carnavalesco para o próximo ano, em homenagem ao dramaturgo Ariano Suassuna, falecido em julho de 2014.

Na obra do artista Wilson César, o Aquário se transforma no local de nascimento do Menino Jesus, e os jardins ao redor abrigam os Reis Magos, José e Maria

 

Serviço

Com entrada franca, a exposição ficará aberta ao público até o dia 28 de janeiro.

As visitações ocorrem de terça a domingo, sempre das 10 às 18h30, no Santuário do Valongo.

O imóvel fica no Largo Marquês de Monte Alegre, 13, no Valongo, em frente ao Museu Pelé.

Quem quiser colaborar pode comprar uma rifa – na saída – com o frei angolano Canga Manuel Mazoa pelo valor simbólico de R$ 2,00.

Ao final da exposição, o22 contemplado levará para casa um presépio da Sagrada Família, o de número 35, exposto logo na saída da exposição.

 

 

 

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