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17 DE MAIO DE 2017

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Pirataria Digital cresce e vira produto em comércio online

Apesar de ser contrário às normas da Sony e Microsoft, as pessoas exercem o compartilhamento de contas para pagar mais barato em cima de muitos jogos

Por: Da Redação

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A pirataria digital não é um assunto restrito apenas a amigos e conhecidos que compartilham games, conforme mostrado na primeira parte desta reportagem. Muitas pessoas veem neste mercado uma chance de lucrar e conseguir que este crime se espalhe ainda mais. Realizando uma pesquisa rápida no

A soma das vendas forma 6013 pessoas que adquiriram o compartilhamento em apenas seis vendedores das mais de 500 páginas apenas do tema.

A soma das vendas forma 6013 pessoas que adquiriram o compartilhamento em apenas seis vendedores das mais de 500 páginas apenas do tema.

Mercado Livre, no próprio campo de busca você encontra termos como “Conta Primária”, “Digital”, até mesmo locação de games por tempo determinado através do compartilhamento. Além de ser uma prática insegura e ilegal, movimenta muito dinheiro na conta destes indivíduos.

Apenas nesta primeira página, vemos alguns dos mais de 500 itens disponíveis para compra nesta prática do jogo GTA V (PlayStation 3). Somando as vendas concretizadas apenas desta parte mostrada, temos no total 6013 pessoas que adquiriram este serviço sem ser por métodos legalizados. Um deles, de Sergipe, sozinho possui mais de três mil vendas. Analisando-o, chegamos à conclusão de:

  • 3002 versões do mesmo jogo foram comercializadas sem a participação dos produtores, distribuidores e fabricantes do jogo.
  • 3002 peças do game que deixaram de ser vendidas em lojas ou sites especializados, impedindo o crescimento do comércio do segmento.
  • 3002 vendas de um jogo que a pessoa adquiriu apenas uma vez.
  • Considerando o valor de mercado deste jogo, que está por R$189,90; foram deixados de arrecadar R$570.079,80. Apenas nas vendas desta única pessoa. Pagando os R$189,90 da primeira leva, este vendedor alcançou R$68.745,80 (em seu preço de venda a R$22,90). Com este valor, ele poderia adquirir cerca de 360 peças. Se realizar a pesquisa no próprio site do Mercado Livre, OLX, grupos de games entre outros, verá que esta prática está se expandindo ainda mais diariamente.

Agora vimos apenas um título de uma plataforma, que já está encerrada. Imaginem que hajam oito videogames que se utilizam de meios digitais, além do próprio PC, e que isto ocorre também com sucessos como FIFA, NBA, Battlefield, Call of Duty entre muitos outros. O montante alcançado por estes vendedores é incomparável com o montante que chega às lojas e fabricantes. A forma como isto definirá o mercado será decisiva para mudar a forma como lidamos com jogos e videogames atualmente.

Mercado de informações

Procurando no Youtube, há vários tutoriais que ensinam como exercer o compartilhamento de contas.

Procurando no Youtube, há vários tutoriais que ensinam como exercer o compartilhamento de contas.

Além do exemplo acima, temos também o fator “internet” que expande potencialmente o método. Antigamente, para conseguir um jogo de forma ilegal, bastava encontrar alguma loja ou barraca que vendiam jogos piratas. Hoje você mal sai de casa para conseguir algo do gênero. Basta alguns cliques, um pagamento via online e pronto, você recebe um código para jogar o game original em sua residência. Apesar da prática ser passível de banimento e riscos ao seu console, não há vendedor que alertará sobre isso, muito pelo contrário, há tutoriais e vídeos que até o incentivam a recorrer.

Até mesmo sites conceituados, de grupos grandes da comunicação, fazem parte dessa comunidade e ensinam como realizar o procedimento. O compartilhamento digital já se faz presente na comunidade gamer e, independente se a forma é autorizada pela Sony ou Microsoft, grupos como Techtudo ou o Meu PS4 permitem que seus leitores tenham a informação de como realiza-lo.

Sites conceituados como Techtudo mostra, passo-a-passo, como realizar o procedimento proibido pelas fabricantes.

Sites conceituados como Techtudo mostra, passo-a-passo, como realizar o procedimento proibido pelas fabricantes.

Como se não fosse proibido pelas normas da própria fabricante, até mesmo lojas possuem este costume. Não é difícil ver no Facebook postagens patrocinadas por estes vendedores, que saíram do Mercado Livre e vendem isto como subproduto dentro de pacotes. Por exemplo, em inúmeras lojas temos venda de videogames (PlayStation 4 e Xbox One, mais comuns) que atraem compradores com 20 a 30 jogos

Lojas físicas também aderem ao sistema, exercendo a prática fora do que é indicado pelas empresas responsáveis pelos videogames.

Lojas físicas também aderem ao sistema, exercendo a prática fora do que é indicado pelas empresas responsáveis pelos videogames.

partilhados no aparelho. Nenhum deles é entregue via disco, na caixa nem algo específico. São inseridos na própria conta do videogame, já colocados antes para que houvesse tempo de realizar download de todos e fossem vendidos juntamente.

No Brasil e no Mundo

Não entendam errado, isto não é exclusividade do Brasil. Alguns países também exercem esta prática e, apesar de avisos e notícias do que podem ocasionar prejudicialmente, também se expandem. Como jogadores de videogame, todos sabem que jogar online é ótimo, ter o recurso de uma loja digital é um grande alívio em promoções ou praticidade, além de, com as assinaturas das empresas, conseguir games gratuitos. Se esta prática tomar conta do mercado e gerar mais prejuízo que as vendas físicas e oficiais dos produtos, pode ser o fim destes serviços aqui no Brasil (e nas regiões que isto abrange). Apelamos à ética, se compartilha e ainda não sofreu banimento nem perdeu seu aparelho, pare enquanto é tempo e contribua para o crescimento do segmento em nosso território. Se realizou e sofreu com isto, deixe sua opinião em nossos comentários para alertar sobre os riscos. Mas se ainda não fez, por bem ou para o mal, é você que está fazendo o correto e seguindo para o progresso nesta área.

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