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02 DE ABRIL DE 2018

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Apesar da crise, número de universitários na Baixada Santista se mantém

Apesar da crise, número de jovens que ingressam no curso superior se mantém. Renegociação de dívidas e inserção de aulas em EAD (a distância) contribuíram para a manutenção numérica.

Por: Da Redação

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Apesar da crise econômica, o volume de matrículas em nível superior – entre instituições públicas e privadas – se manteve estável na região de Santos e cresceu nos municípios do Vale do Ribeira.

Os dados fazem parte do estudo Panorama, Tendências e Indicadores de Qualidade, que o Semesp, entidade que congrega mantenedoras do Brasil, apresenta nesta quarta (4), em Santos, sobre o atual cenário das duas regiões paulistas.

O evento é realizado anualmente pelo Semesp, em várias regiões do estado de São Paulo, com os objetivos de se aproximar das Instituições de Ensino Superior e levar orientação especializada para o setor, contribuindo para o aprimoramento da educação acadêmica.

O diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato,  adianta que mesmo com a grave crise econômica no País desde 2015 e a crise do Financiamento Estudantil – Fies, a variação das matrículas nas instituições de ensino superior, em cursos presenciais, da Região de Governo de Santos manteve-se praticamente estável.

Enquanto o Estado de São Paulo registrou queda de 3,4%, na Região de Santos a variação foi positiva de 0,03% em 2016.

Na Região de Governo de Registro, o desempenho foi melhor ainda, o crescimento das matrículas chegou a 8,9%.

Queda

No Estado de São Paulo, as instituições privadas registraram queda de 4,5%, enquanto que na Região de Santos a queda foi de apenas 1,4%, passando de 46.539 mil em 2015 para 46.406 mil em 2016.

Na Região de Registro o crescimento foi de 8,7%, passando de 2.441 em 2015 para 2.653 em 2016.

“A explicação desse cenário um pouco melhor nas Regiões de Santos e de Registro em relação ao Estado de São Paulo deve-se ao trabalho intenso das instituições locais para auxiliarem os alunos com oferta de financiamentos próprios, cursos com boa empregabilidade e renegociações”, explica Capelato.

Antes do mais nada, as matrículas nos cursos a distância registraram desempenho mais expressivo em relação aos cursos presenciais.

Já na Região de Governo de Santos, o desempenho foi ainda melhor em relação ao Estado de São Paulo.

Enfim, enquanto no Estado o crescimento foi de 10,8%, na Região de Santos o aumento chegou a 15,6%.

Análise

Para a vice-presidente do Semesp e presidente da Universidade Santa Cecília – Unisanta, Lúcia Maria Teixeira. “A região apresentou também resultados melhores do que a média brasileira, em relação à evasão de alunos no ensino presencial, isto é, aqueles que desistiram do curso. A evasão de 23,9% de universitários que possuem Fies, e de 35,9% dos que não têm Fies, foi menor do que a média do Brasil, de 56,5%. E melhor até do que as instituições públicas brasileiras, que apresentam 44,4% de desistência do alunado”.

”Esse dado reflete o trabalho das instituições regionais não apenas no acesso, mas igualmente na permanência dos alunos. Por outro lado, deve-se lembrar dois pontos importantes de que o País não pode descuidar, no cenário educacional: primeiro, a melhoria do ensino fundamental e médio brasileiro, para possibilitar o acesso à universidade e a redução da evasão no ensino superior. Em segundo, o aumento do financiamento do Governo aos estudantes de instituições particulares, pois ainda há potencial demanda, seguindo a experiência exitosa de outros países”.

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Tanto a Região de Santos como de Registro mantiveram o volume de alunos apesar da crise. Educação a distância contribui.

 

A distância

Da mesma forma, os cursos a distância são procurados pelas pessoas de faixa etária mais elevada.

Enquanto o público que procura os cursos presenciais é, na maioria, composto de jovens até 24 anos, os interessados por cursos a distância têm, na maioria, mais de 29 anos.

“Os cursos a distância têm sido muito interessante para as pessoas que não tiveram a oportunidade de fazer um curso superior quando saíram do Ensino Médio. Além da flexibilidade de horário e de não precisarem se deslocar todos os dias para a faculdade, os valores mais acessíveis das mensalidades tornam os cursos atrativos para as pessoas que querem crescer profissionalmente ou mesmo aumentar as suas chances de empregabilidade”, afirma

A Baixada Santista manteve o total de alunos em cursos presenciais e teve queda de menos de 1,4% na rede particular.

Portanto, apresentou em 2016 matrículas melhores do que as do Estado, que registrou menos 4,5% na rede particular, e do que o País, que diminuiu 2,6% na rede privada.

Assim, a evasão de 23,9% no ensino presencial da região também foi bem menor do que a média do Brasil, de 56,5%, o que reflete o trabalho das instituições regionais não apenas no acesso, mas também na permanência dos alunos.

Embora tenha decrescido o número de ingressantes presenciais na região, por outro lado houve um crescimento maior que o do Brasil em EaD.

EAD

Em Santos, o número de alunos do ensino a distância aumentou 15,6%, enquanto, no país, 8,4%.

“No Brasil, a educação superior a distância avança em ritmo mais acelerado do que o presencial, e na nossa região esse movimento foi mais expressivo”, analisa Lúcia Maria Teixeira, vice-presidente do Semesp.

A apresentação do Panorama também englobará os números de evasão, concluintes dos cursos presenciais, tecnológicos e EaD, cursos mais procurados, migração dos estudantes, perfil dos alunos, nota de corte e mensalidade média, dados do Fies 2018, entre outros.

Serviço

Data: 4 de abril

Horário: das 8h30 às 17h30

Local: Hotel Mercure Santos
Av. Washington Luiz, 565 – Boqueirão

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