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Sustentabilidade

13 DE SETEMBRO DE 2013

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As fezes dos animais devem ser descartadas pelo vaso sanitário

Em Santos, calculam-se que os animais domésticos, como cães e gatos, produzam diariamente cerca de nove toneladas de fezes, ou 270 toneladas por mês

Por: Da Redação

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O mercado de animais de estimação cresce a cada dia. Tudo é comprado para agradar os cachorros e os gatos, de roupinhas  a comidas especiais. Mas ter um animal também exige outra preocupação, na maioria das vezes deixada de lado, que é o descarte das fezes e os impactos negativos que a maneira incorreta pode provocar ao Meio Ambiente.
Em Santos, calculam-se que os animais domésticos, como cães e gatos, produzam diariamente cerca de nove toneladas de fezes, ou 270 toneladas por mês. De acordo com o gerente do Departamento de Produção de Água e Tratamento de Esgoto da Baixada Santista da Sabesp, Wilson Bassotti Filho, tamanha quantidade, sem o devido descarte, prejudica principalmente a balneabilidade das praias.
Os cachorros de tornam verdadeiros vilões nesta história, pois grande parte faz suas necessidades nos quintais ou  no passeio com os donos. As calçadas se transformam em verdadeiros campos minados. Quem nunca pisou numa destas bombas?. Alguns moradores chegam a colocar cartazes em árvores e muros para que os donos dos animais se conscientizem do problema.
Algumas pessoas já começaram a mudar aos poucos este mau hábito, recolhendo as fezes com sacolinhas. Mas o que fazer depois? Parte é despejada em lixeiras, outra nas próprias calçadas, em raízes de árvores. O impacto de tudo isso é a poluição, principalmente, nas praias santistas.
A própria sacola já é por si só um material poluente, como alerta o secretário de Meio Ambiente de Santos, Luciano Cascione. Amarrada, com fezes dentro, acaba se transformando em uma verdadeira bomba biológica que em dias de chuva é levada para o canal, junto com toda a sujeira acumulada pelas ruas.
E é nos dias de chuvas mais fortes que as comportas dos canais se abrem e tudo acaba indo diretamente para o mar. Esta poluição, chamada de difusa é uma das causas das bandeiras vermelhas constantes nas praias.”Não sabemos a porcentagem do quanto as fezes impactam, mas é algo que realmente conta”, explica Bassoti. Em dias normais, a Sabesp realiza tratamento na galeria de águas pluviais pelo interceptoroceânico.
Destino correto
O correto a fazer neste caso, explica Bassotti, é o mais óbvio. “Recolher as fezes tanto em casa como das calçadas e jogar no vaso sanitário para que que as fezes passem pelo tratamento da Sabesp, assim como os dejetos humanos – e tenham a destinação correta”, explica. Neste caso, após o tratamento, todo o material é despejado no oceano pelo emissário submarino.
Segundo Cascione, esta é a atitude mais correta, mas jogar no lixo comum também é uma alternativa. “É melhor do que deixar no chão. Mesmo não sendo o ideal, o aterro sanitário está preparado para receber este tipo de material sem poluir o solo”, diz.
De acordo com ele, uma nova parceria está sendo discutida com a Sabesp para melhorar ainda mais a limpeza dos canais. “A participação da sociedade neste caso é essencial neste processo”. Segundo Cascione, é preciso pensar no coletivo para  imaginar os verdadeiros impactos. “Iremos repensar o projeto Cate a caca do seu totó e ampliar a campanha de conscientização tanto para os adultos como às crianças, que se transformam em agentes multiplicadores”, explica.
Gatos
Eles dificilmente passeiam com os donos, tirando raras exceções, e realizam  suas necessidades em caixinhas com areia. A maioria das pessoas, porém, ainda joga todo o material pelo lixo comum. Na verdade, poucas são as marcas de areia que dão como opção jogar tudo pelo vaso sanitário, mas já é possível encontrar algumas ecologicamente corretas que vêm com esta especificação.
Exemplo 
Na Grã-Bretanha, um projeto está sendo desenvolvido para que os donos de cachorros possam contribuir para a geração de energia limpa ao depositar os dejetos dos animais em um coletor especial, conectado ao sistema biodigestor, instalado no subsolo. O intuito é transformar os dejetos em energia limpa com baixo custo.
Pelo vaso
Se os dejetos dos animais – que deveriam ser jogados pelo vaso não são –  por outro lado muitos materiais são lançados de maneira indevida, como fraldas descartáveis, absorventes, preservativos, fios dentais, entre tantos outros objetos ainda mais inusitados.
De acordo com Wilson Bassoti, da Sabesp, esta prática é o principal motivo de entupimentos no encanamento e consequentes na ocorrência de vazamentos, fato que também contribui com a poluição. Outro hábito ainda praticado e errado é o descarte de óleo de cozinha na pia, que entope o encanamento e polui a água.

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