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Foto: Divulgação candidatos

Eleições 2018

28 DE OUTUBRO DE 2018

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Eleitos terão importantes desafios para o País e Estado

Especialistas analisam dificuldades que os candidatos eleitos terão nos próximos quatro anos de governo no País

Por: Da Redação

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Com a definição dos vencedores do pleito deste domingo (28) tanto Jair Bolsonaro (PSL) à presidência e João Doria (PSDB) a governador paulista, terão uma série de desafios a partir de 1º de janeiro.

Para o professor universitário Hélio Hallite, os candidatos não se deram conta do que estar por vir. Segundo ele, o período pós-eleição será o estopim para o início da reconstrução econômica, política e social. Contudo, ele crítica a superficialidade que os presidenciáveis demonstraram durante o período.

“Facilitar a venda de armas aos cidadãos como forma de solucionar os graves problemas de segurança pública foi um exemplo da inconsistência dos projetos de governo. Houve presidenciável que prometeu reajuste do salário mínimo e isenção de imposto de renda”, criticou.

Para ele, o mesmo acontece entre os futuros postulantes ao Governo do Estado.

Neste caso, eles apresentaram promessas antigas, como a construção que liga Santos ao Guarujá.

Na visão do cientista político Rafael Moreira, ambos terão dificuldades para conseguir governar.

Segundo ele, o Brasil passa por uma conjuntura de recuperação econômica, entretanto, a retomada da economia está lenta.

“Pensando no cenário econômico, os dois terão dificuldades. O grande desafio será retomar o crescimento que tivemos”, salienta.

Bolsonaro venceu Haddad com 55% dos votos. Foto: Tânia Rego / Marcelo Camargo / Agência Brasil

Mais problemas

Moreira coloca como desafio principal a desigualdade social para todos os candidatos nas disputas eleitorais.

Ele ainda relata que o Brasil está sendo comparado a países da África Subsaariana, como um dos locais com maiores desigualdades.

Contudo, segundo ele, “as pessoas não levam isso em conta na hora de disputarem um cargo. Ou na hora de fazer alguma análise do cenário eleitoral”.

Da mesma forma que Hallite e Moreira dissertam sobre os problemas do País, o jornalista e especialista em finanças públicas, Rodolfo Amaral também alerta sobre as dificuldades que os candidatos terão.

Segundo Amaral, a redução dos ministérios e venda de estatais, prometida por Bolsonaro, só deverá acontecer em meados de 2020.

Ele ainda informa que no momento atual, o déficit primário da União ultrapassa a casa dos R$ 170 bilhões.

Câmara dos Deputados

Além dos desafios do cumprimento das propostas elaboradas, Rafael Moreira opina sobre outros problemas que Bolsonaro terá para governar o País.

Segundo ele, mesmo que Bolsonaro fale que o Brasil não será governado como antigamente, com coligações partidárias, ele salienta que “esse é o funcionamento que está estabelecido no território nacional”.

“Chamamos isso de presidencialismo de coalizão. Para você governar e ter sua agenda política e econômica aprovada você precisa ter uma ancoragem dentro do poder legislativo. Com uma turma que seja a maioria, que te permita aprovar uma PEC”, explica.

Entretanto, co caso do candidato do PSL, ele acredita que haverá maior dificuldade devido ao partido e as coalizões realizadas.

No entanto, Hallite não descarta uma possível união de Bolsonaro junto ao PT, mesmo após divergências eleitorais.

Para ele, em cerca de seis a nove meses o Brasil terá definido um quadro de consenso ou caos, podendo, assim, “caminhar em direção à Dinamarca ou a Venezuela”.

Governo estadual

Com apoio declarado a Bolsonaro, João Doria foi o grande vencedor ao governo paulista.

Para o cientista político, é importante é que haja diálogo entre o governador e o presidente. Mesmo que sejam opositores.

Já Hélio Hallite conta que Doria, atualmente, se considera o principal nome do PSL em São Paulo, até mais que Jair Bolsonaro.

Para ele, o mandato do peessedebista será um ‘talking show’.

João Doria (PSDB) ganha a disputa para governador com pequena diferença de Márcio França (PSB). Foto: Divulgação

Atuais problemas

O jornalista Rodolfo Amaral enfatiza que a maior adversidade hoje é a Dívida Pública.

Ela se encontra com valor da ordem de R$ 6 trilhões, assim, gerando juros anuais de mais de R$ 400 bilhões.

Portanto, para ele, o Governo precisará alongar a dívida atual e usufruir de uma parte das vendas das estatais para conseguir abater pelo menos uma parcela do saldo negativo.

“Precisa avançar na reforma da Previdência, pública e privada, a fim de reduzir um déficit superior a R$ 160 bilhões anuais”, completa dizendo que após esse passo, o Brasil terá de prosseguir na reforma tributária.

Portanto, aumentará a competitividade das empresas brasileiras no mercado.

Amaral ainda salienta que o crescimento do emprego só existirá se houver uma recuperação da economia.

O que na visão do jornalista vai depender da expansão dos investimentos públicos e privados.

Ele ainda cobra que deverá haver um plano nacional de readaptação profissional, que será necessário para auxiliar as pessoas mais velhas em relação os avanços tecnológicos.

Propostas

Questionado sobre os planos de governo dos mandatários em relação a polêmica do porte de armas, Amaral ressalta que não há intenção deliberada de Bolsonaro em relação a isso.

Segundo ele, o candidato defende que a população possa usufruir do porte de arma e guardá-la em casa. O que já foi aprovada durante Referendo em 2005.

“O sistema único de segurança pública precisa ser concedido a partir de uma definição de financiamento público do setor, tal como ocorreu no SUS. Hoje, os Estados investem mais de R$ 100 bilhões neste setor. Os municípios mais de R$ 30 bilhões, mas a União só investe cerca de R$ 10 bilhões “, enfatiza.

Arte: Mala

Baixada e Porto de Santos

Um dos pontos chaves explorado nesta eleição, foi a proposta em relação ao Porto de Santos.

Para o professor universitário Hélio Hallite, o Governo Federal deverá cumprir a promessa de desvinculação da gestão de autoridade portuária de Brasília,

O que, segundo ele, foi prometido.

Além disso, para ele será necessária a retomada de investimentos no Porto e continuar as obras de infraestrutura local.

“O Porto de Santos, suas empresas e, principalmente, seus trabalhadores sentiram os impactos da crise. Principalmente na forma de desinvestimento e demissões”, afirma.

 

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