O ex-presidente da República Michel Temer foi preso na manhã desta quinta-feira (21) em São Paulo.
Além disso, a força-tarefa da Lava Jato cumpriu o mandato contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia e ex-governador do Rio de Janeiro.
Eliseu Padilha, ex-ministro da Casa Civil, também está sendo procurado.
Os mandatos foram expedidos pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas.
O ex-presidente foi encaminhado ao Aeroporto Internacional de Guarulhos e, posteriormente, seguirá para o Rio de Janeiro, de onde saiu o mandato.
Depois de fazer exame de corpo delito, será encaminhado à sede da instituição.
Essa prisão difere do outro ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula, diferentemente de Temer, foi submetido a processo e julgamento.
Ainda não se sabe qual foi o processo que gerou o mandato de prisão imediata de Temer, Moreira Franco e Padilha.
Entretanto, é possível afirmar que está relacionado ao caso da Engevix.
Suspeita-se que Temer faça parte de uma organização criminosa que atua há mais de 40 anos de maneira interrupta.
Além disso, há suspeita de lavagem de dinheiro.
Michel Temer responde a dez inquéritos.
Ele é filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Temer assumiu a Presidência da República em maio de 2016, depois do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ao longo de sua trajetória política, Temer foi presidente da Câmara dos Deputados e secretário da Segurança Pública.
Também foi procurador-geral do estado de São Paulo.
Partido
O MDB lamenta a postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte de Temer e do ex-ministro Moreira Franco.
O partido espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais. Bem como a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa.