Mortes de ciclistas aumentam 17,8% no estado de São Paulo | Boqnews
Foto: Pixabay Mortes de ciclista aumentam no estado de São Paulo

Trânsito

20 DE ABRIL DE 2018

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Mortes de ciclistas aumentam 17,8% no estado de São Paulo

Os dados foram levantados pela Infosiga SP, sistema do governo estadual de São Paulo que divulga dados de acidentes de trânsito

Por: Camila Boehm
Da Redação

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O número de mortes de ciclistas em acidentes de trânsito aumentou 17,8% no estado de São Paulo. No primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2017, passou de 73 para 86 ocorrências.

“Vários fatores contribuem para esse dado, entre eles o aumento do número de ciclistas nas cidades. Temos atuado junto aos municípios e contemplado projetos que favorecem esse grupo. Incluindo a construção de ciclovias e melhorias na sinalização. Mas é fundamental que os demais atores do trânsito tenham mais cuidado com o ciclista. Eles merecem sempre nosso respeito e atenção”. Afirmou, em nota, Silvia Lisboa, coordenadora do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito; programa do governo para redução de mortes no trânsito.

Ciclocidade

Para a diretora da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo, Aline Cavalcante, a lógica que relaciona a ampliação do número de ciclistas ao aumento das mortes em acidentes é errônea. Segundo ela, esse aumento tem a ver com a diminuição da fiscalização do trânsito. “Todos os dados internacionais, mesmo dados do município aqui de São Paulo e várias outras cidades do Brasil. Isso demonstra que a relação é exatamente inversa: a medida em que se aumenta o número de ciclistas. Você diminui o número de mortes, é inversamente proporcional”, disse.

Ela explicou que, com o aumento de ciclistas, há uma lógica de construir políticas públicas de incentivo a esse meio de transporte. E também que a cultura da bicicleta faz com que a sociedade comece a prestar mais atenção nesse modal. “Então, quanto mais se aumenta a visibilidade para a bicicleta, menores são as chances de acidentes fatais”, acrescentou.

Aline destacou que é necessário ampliar não somente a malha de ciclovias e ciclofaixas, que em geral são responsabilidade das prefeituras, mas desenvolver, em nível estadual, políticas públicas de mobilidade entre cidades, especialmente na região metropolitana. “[Precisamos de] infraestrutura cicloviária nas rodovias, redução de velocidades em locais onde tem acesso a cidades e integração com transporte de massa [metrô, trem e ônibus intermunicipais]”, avaliou.

 

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