Motoristas da empresa Mobibrasil cruzaram os braços e fecharam a garagem da companhia na manhã desta quinta-feira (22) em Diadema, na Grande São Paulo. Por conta do protesto, os ônibus, que atendem também a cidade de São Bernardo do Campo, não estão circulando.
Os trabalhadores pedem a equiparação salarial com os outros motoristas da região do ABC. “Temos o menor salário da região. Recebemos R$ 1.800 e queremos ter o que os outros motoristas do ABC tem, que é R$ 2.500 de salário”, disse o motorista José Emilson, 44.
Além das questões salariais, os trabalhadores ainda pedem que os cobradores voltem a circular com os coletivos. “Atualmente o motorista dirige e cobra a tarifa. Isso é muito perigoso. O cobrador precisa voltar a andar dentro dos ônibus”, afirmou Emilson.
Ao todo 230 ônibus não deixaram a garagem. Os ônibus da Mobibrasil transportam em torno de 90 mil passageiros em dias úteis. Procurada, a empresa ainda não se manifestou a respeito.
Em São Paulo
Pelo terceiro dia consecutivo motoristas e cobradores cruzaram os braços e não circulam pela cidade de São Paulo. Desta vez, somente os trabalhadores da empresa Santa Brígida, que atende principalmente o centro e a zona oeste do município, não deixaram os ônibus sair.
De acordo com a SPTrans, o terminal Pirituba, atendido principalmente pelos ônibus da empresa parada, não está funcionando. O Paese foi acionado para atender os passageiros atendidos pela Santa Brígida.
Mais cedo, grevistas tentaram impedir a saída de ônibus das garagens da viação Gato Preto. Motoristas ignoraram o piquete e conseguiram colocar os ônibus nas ruas.