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Decreto dos Portos

29 DE MARÇO DE 2018

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Polícia Federal prende empresários do Porto de Santos

Amigos pessoais do presidente Michel Temer foram presos, inclusive seu colega de mais de 50 anos de amizade, José Yunes, o dono da Rodrimar, Antonio Celso Grecco, e o ex-presidente da Codesp, Wagner Rossi. No Rio de Janeiro, também foi levada pela PF a empresária Ana Carolina Borges Torrealba, do grupo Libra.

Por: Da Redação

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Uma verdadeira ‘bomba’ explodiu nas primeiras horas da manhã desta quinta (29), atingindo duas importantes empresas do Porto de Santos.

Foram presos um dos donos da empresa Rodrimar, Antonio Celso Grecco, em Santos, e o ex-ministro de Agricultura, Wagner Rossi, em Ribeirão Preto, que esteve à frente da Codesp em 1999.

No Rio de Janeiro, a Polícia Federal prendeu a empresária Celina Torrealba, cuja família é dona do Grupo Libra, com vários terminais no Porto de Santos.

A Polícia Federal prendeu o empresário e advogado José Yunes, amigo pessoal do presidente Michel Temer.

A ordem de prisão de José Yunes é temporária – por cinco dias.

Outro alvo da operação é o coronel da PM reserva João Batista de Lima Filho, o coronel Lima.

Policiais estão neste momento na casa dele, segundo reportagem da Rádio Bandeirantes.

As ordens de custódia são do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do inquérito sobre o Decreto dos Portos.

O presidente Michel Temer (MBD) é um dos alvos da investigação.

Ele está sob suspeita de beneficiar a empresa Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário.

Todos os presos na manhã de hoje são amigos pessoais do presidente.

Há suspeita que a Rodrimar teria sido beneficiada para ampliar o prazo de concessão no Porto de Santos.

Em fevereiro, o ministro Barroso ampliou o inquérito por 60 dias.

Michel Temer: amigos próximos ao presidente da República foram presos na manhã desta quinta (29)

Homem da mala

O Decreto dos Portos foi o mote de um diálogo no dia 4 de maio entre Temer e seu então assessor Rodrigo Rocha Loures, alvo do grampo da Polícia Federal.

Loures ficou conhecido como o homem da mala, que saiu correndo de um restaurante em São Paulo, após receber uma mala com R$ 500 mil.

A interceptação foi alvo da delação premiada de executivos do Grupo JBS, incluindo Joesley Batista.

José Yunes é amigo do presidente Michel Temer (MDB) há mais de 50 anos.

O empresário foi assessor de Temer da Presidência.

Na segunda (26), ele se reuniu com o presidente durante passagem de Temer em São Paulo.

O empresário também foi citado na delação do doleiro Lucio Funaro.

Funaro também citou a empresa Libra como uma das beneficiárias.

O delator afirmou que José Yunes era um dos operadores de Michel Temer.

Ex-presidente da Codesp

Wagner Rossi é pai do deputado Baleia Rossi (MDB).

O ex-ministro, cuja base eleitoral é Ribeirão Preto, no interior paulista, foi citado na delação de executivos da J&F e da JBS.

Além disso, denúncias envolvendo esquemas de corrupção no Porto de Santos são antigas.

Afinal, reportagem da Folha de S.Paulo já lembrava a revisão de contratos de empresas portuárias, após acusações entre o ex-ministro e senador Antônio Carlos Magalhães e o então deputado federal Michel Temer. Isso em 1999.

Na época, o presidente da Codesp era Wagner Rossi.

Rodrimar

Fundado em 1944, o grupo que atua no porto de Santos é formado pela Rodrimar Agente e Comissária, S/A Marítima Eurobrás, Rodrimar Transportes, Rodrimar Terminais, Rodrimar International Freight e GR USA Trading.

Suas instalações contemplam o terminal portuário de contêineres no Saboó, Terminal Alemoa III – Redex.

E ainda: Armazéns III e VIII (externos), Terminal em Ribeirão Preto, Armazém em Miami e instalações no Porto de Recife.

 

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