O Senado aprovou nesta quarta-feira (7) projetos de lei que concedem aumento aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O reajuste também é valido à procurador-geral da República.
O reajuste altera o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge.
O valor de R$ 33,7 mil sobe para R$ 39 mil e provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário.
Assim, abrindo caminho também para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e do presidente da República.
A proposta relativa aos membros do STF teve 41 votos favoráveis, 16 contra, e uma abstenção, após os senadores aprovarem, na tarde de segunda.
A inclusão do texto na Ordem do Dia de hoje. Já o projeto do salário do procurador-geral da República foi aprovado de forma simbólica pelo plenário.
A votação provocou divergências entre os senadores desde o início do dia.
As diferenças surgiram após o presidente eleito, Jair Bolsonaro, ter manifestado “preocupação” com a possibilidade de reajuste.
Segundo Bolsonaro, o momento não é adequado para o aumento.
Câmara
A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas tramitava no Congresso desde 2016. Isso depois de ter ficado paralisada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Neste ano, o Supremo aprovou um reajuste de 16% no salário dos ministros da Corte a partir de 2019.
Escolhido como relator de plenário, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) alterou o texto para adequar o reajuste, informando que não haverá efeito retroativo para os anos anteriores.
“É importante registrar às senhoras e senhores que existe um compromisso assumido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal de extinguir o auxílio-moradia hoje pago aos membros do Poder Judiciário, anulando assim o impacto orçamentário”, afirmou Fernando Bezerra, ao encaminhar voto favorável ao projeto.