León Ferrari é um artista argentino que não conseguiu escapar da ditadura. É um pouco sobre isso que fala a exposição aberta no Museu de Arte de São Paulo (Masp), com mais de 80 obras. Ferrari veio para o Brasil em 1976, refugiado da Argentina governada por uma junta militar.
Ele passou a viver sob o governo autoritário brasileiro, que havia sido iniciado com o golpe de 1964 e ainda duraria mais nove anos. Mesmo distante dos generais argentinos, sofreu com a brutalidade da ditadura em seu país natal. Enquanto estava no exílio, seu filho Ariel foi sequestrado e assassinado pelos agentes da repressão.
Aberta até o próximo dia 21 de fevereiro, a exposição Entre Ditaduras está centrada na produção do artista no período em que viveu na capital paulista, de 1976 a 1991. Obras que criticam não só os sistemas autoritários, mas também a religião como forma de dominação.