A diabetes é uma doença que vem aumentando com o passar dos anos. Conforme estudo da Federação Internacional do Diabetes, no mundo há 415 milhões de adultos diabéticos e só no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, há mais de 14,3 milhões com a doença.
Todavia, entre esses números, o que mais chama atenção é que uma a cada duas pessoas no mundo não sabe que possui a doença. Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, Márcio Krakauer, este dado é elevado porque a doença não apresenta sintomas, ou quando eles aparecem são confundidos com outros problemas de saúde. Outro detalhe é que muitos têm medo do diagnóstico.
“As pessoas acreditam que em razão da diabetes terão que restringir a alimentação. O que é um mito. Então, elas procrastinam o diagnóstico e quando a gente recebe o resultado ela já pode ter as complicações da doença, que pode ser nos olhos, rins, vasos sanguíneos, coração e nervos”, afirma o endocrinologista.
De acordo com o profissional, o diabético pode ter uma alimentação bastante variada e rica, evitando o consumo do açúcar. “Ele pode comer de tudo, mas deve optar pelos alimentos integrais e orgânicos. Quanto mais integral o alimento for, melhor. Isto não serve apenas para diabéticos, mas para qualquer pessoa”, ressalta.
O que é a diabetes?
Primeiramente vale enfatizar que a diabetes é um distúrbio do metabolismo que apresenta alta do açúcar no sangue (glicose) e isto pode ocorrer por diversos fatores. Márcio Krakauer explica que os principais motivos que levam o ser humano à diabetes são genética e fatores ambientais. No entanto, o desencadeamento da patologia depende do seu tipo (tipo 1, 2, 4 – que engloba outras causas – e o gestacional).
Outro fator que gera muitas dúvidas quando se fala deste problema de saúde é o consumo de doces. O especialista destaca que este não é um elemento causal do aparecimento do diabetes, a não ser que a partir deste consumo a pessoa ganhe peso. “Os fatores que levam à diabetes, principalmente tipo 2, que é a mais frequente, são a obesidade, ganha de peso, estresse, hipertensão e histórico familiar”.
Cuidando da saúde
Ao descobrir a doença, o paciente deve ficar atento aos cuidados. Krakauer diz que tratamento é baseado em quatro pilares: primeiro alimentação saudável, evitando o consumo de açúcares e alimentos fritos; segundo, atividade física. Ele indica que o indivíduo dedique pelo menos 30 minutos diários para a prática de exercícios durante cinco vezes na semana; terceiro: medicações orais ou injetáveis, de acordo com a recomendação do médico; e o quarto pilar – não menos importante que os demais – é a educação e monitorização. Ou seja, atenção às informações obtidas para poder se tratar melhor, acompanhamento do nível glicêmico a partir do exame de ponta de dedo e observação quanto ao agravamento da doença.