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25 DE SETEMBRO DE 2017

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Compatibilidade para doação de medula óssea é um desafio

Campanhas ressaltam a importância do cadastro de doador. Conheça algumas histórias e saiba como se cadastrar

Por: Da Redação

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Em média, 850 pessoas estão em busca de um doador de medula óssea não aparentado, segundo o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e há mais de 4 milhões de doadores cadastrados. Por maior que seja o número de pessoas dispostas em ajudar o próximo, este não é suficiente, pois existe um degrau enorme entre o doador e o paciente: a compatibilidade.

A possibilidade de encontrar um doador de medula óssea não aparentado é de um em cada 100 mil pessoas — sendo que entre parentes há 25% de chance de alguém ser compatível.

A coordenadora do Pró-Medula Santos, Gabriela Cartei, luta, por meio de campanhas e ações, para enfatizar a importância do cadastramento como doador.

“O transplante é a última saída que o paciente tem. Fazemos campanhas para chamar a atenção para a causa, pois existe falta de conhecimento”, diz.

Desde o início do Pró-Medula Santos, em maio de 2016, até o momento, 1930 pessoas se cadastraram, sendo 720 diretamente no Hemonúcleo do Hospital Guilherme Álvaro e 1210 em campanhas externas.

Doação de amor

Em dezembro de 1992, assim que abriu o banco de medula óssea, a professora e voluntária Suely Moreira Walton — na época com 40 anos e hoje aos 65 —, se inscreveu como doadora. Além de salvar a vida de duas pessoas, Suely faz parte da história do Brasil, afinal ela é a primeira doadora de medula não aparentado no País.

Há 25 anos, Suely se dedica a ajudar o próximo. Ela já doou medula óssea para dois pacientes e hoje realiza trabalho voluntário para estimular o cadastro de doadores. No último sábado (16), ela participou do Dia Mundial de Medula Óssea, na Concha Acústica.

“Posso dizer que fui abençoada porque perdi dois irmãos jovens. Um enfartou aos 37 anos e o outro, aos 34, morreu de leucemia. Não fui compatível e a partir do caso dele, eu me inscrevi”, conta.

Três anos após se cadastrar, em 1995, Suely foi chamada para a primeira doação. “A paciente era uma criança, que hoje já é até mãe… Nos conhecemos tempos depois e posso dizer que é um amor incondicional”, conta.

A segunda doação aconteceu em 2000. “Fui compatível com um jovem de 29 anos e só pude conhecê-lo em um congresso do Instituto Nacional de Câncer. Fiquei e fico muito feliz”.

Já que a idade limite para doação de medula óssea é 55 anos, Suely não pode mais ser doadora, no entanto trabalha como voluntária do projeto Salve uma vida, do Rotary Santos Porto que, em breve, vai juntar forças com o Pró-Medula Santos.

Amor e esperança

Gisele e Porthinhos

As campanhas em prol do menino Porthos Martinez Silva Leite, o Porthinhos, hoje aos 17 anos, sensibilizaram as pessoas sobre a importância do cadastro como doador de medula óssea.

Em 2010, aos 10 anos, a família descobriu que o atleta de taekwondo estava com leucemia e deu início aos tratamentos.

“Ele foi tratado durante dois anos e recebeu alta, mas em março de 2013 teve uma recaída”, conta a mãe Gisele Martinez Silva Leite.

“Tentamos o transplante de medula óssea, deu certo e ele teve que ficar três meses em isolamento, pois é isso que consta no protocolo. No dia da saída do hospital, ele teve um AVC por conta do excesso de medicamentos e apenas 2% de chance de viver, mas não desistiu!”.

Em novembro, a família comemora quatro anos que Porthinhos recebeu o transplante.

“Hoje ele tem uma vida normal. Está no terceiro ano do Ensino Médio e quer prestar vestibular para Medicina, pois quer ser oncologista de crianças. Apoiamos e sempre estaremos ao lado dele”, conta, orgulhosa.

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