Causadora de constrangimentos, a caspa é muitas vezes erroneamente associada À falta de higiene, sobretudo quando relacionada ao público masculino. No entanto, suas causas são variadas, de características hormonais (razão porque são mais comuns nos homens), passando por fatores genéticos e ambientais até problemas neurológicos como o estresse e outras situações de ordem emocional.
Aquela descamação branca característica da caspa é, na verdade, apenas um dos possíveis sintomas de uma doença dermatológica chamada dermatite seborreica, ou – como é popularmente conhecida – a seborreia.
Causa
A dermatologista Aline Donati, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que a seborreia é uma inflamação na pele que atinge não só a cabeça. “Também é comum ocorrer aquela desmação branca no rosto, na área das sobrancelhas e na região do peitoral. Contudo, as pessoas tendem a confundir com pele ressecada e passam hidratante, o que piora o problema”.
Durante a inflamação, a seborreia produz um tipo de gordura que serve de alimento para um fungo e facilita a proliferação dos mesmos. Ao passo que isso acontece, mais substâncias são liberadas por esses fungos, irritando ainda mais o couro cabeludo em um verdadeiro ciclo vicioso.
Além da necessidade da alimentação de gorduras, a temperatura e a umidade são outros fatores que facilitam a proliferação de fungos. Por isso, Aline recomenda que os que sofrem de seborreia evitem longos períodos com o uso de boné e cabelos molhados. “Para as mulheres que têm cabelos longos, o ideal é seja utilizado um secador frio após a lavagem”, aponta.
Tratamento
Por conta dos fatores hormonais e genéticos, a seborreia não possui cura definitiva. O melhor a se fazer é utilizar shampoos anticaspa. “Nos momentos críticos, deve-se aplicar todos os dias. Fora isso, lavar de uma a duas vezes por semana já ajuda a prevenir”.
É necessário também seguir o tratamento correto, o qual irá depender da localização das lesões e da intensidade dos sintomas, bem como alterar e eliminar alguns hábitos, como estresse, má alimentação, tabagismo e consumo de bebida alcoólica.